Authors:Angélica Pereira Triani, Cibele C. A. Paz, Paulina O. Ramalho, Kelly C. R. Oliveira, Kelly C. R. Oliveira Pages: 120 - 136 Abstract: O artigo tem por finalidade destacar as relações que as obras arquitetônicas e o paisagismo do Parque Anauá exercem no contexto atual da capital de Roraima, levando-se em conta as alterações de sua proposta inicial, datada de 1980, que influenciaram em sua presente utilização. Considerado como maior parque urbano da região Norte, o mesmo se sobressai no contexto urbano de Boa Vista por seu conjunto arquitetônico representativo da Arquitetura Moderna roraimense, composto por antigos e novos edifícios de evidente plasticidade, resultantes da integração entre materiais típicos da região, como a madeira acariquara, com o posterior uso do concreto e aço. Ademais, a ênfase e a compreensão dessas obras arrojadas se fazem necessárias para ilustrar o elo que as mesmas formam com a natureza do local, visando revelar sua intrínseca significância na correlação entre os âmbitos sociais, paisagísticos e arquitetônicos. O estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica, registros fotográficos e entrevistas que apontam a expressiva potencialidade do parque para a população boa-vistense. Desse modo, a relevância desse trabalho se faz pelo levantamento de análises sob diversos parâmetros de um dos mais importantes espaços públicos de Roraima. PubDate: 2020-02-25 Issue No:Vol. 2, No. 2 (2020)
Authors:EDITORES Pages: 1 - 140 Abstract: A REVISTA AMAZÔNIA MODERNA é uma publicação semestral, com a finalidade de divulgar e difundir artigos científicos inéditos e relevantes com pesquisadores de variadas origens sobre a arquitetura na Amazônia. A pretensão da revista é estimular o debate sobre a produção arquitetônica na região por meio de artigos, sem pregar uma corrente regionalista. O recorte temporal para submissão de publicações é definido pelo término da Belle Époque, período pouco estudado e publicado da arquitetura na Amazônia, mas imperioso na cultura urbana brasileira e latino-americana e com maior expressão da arquitetura brasileira. A revista é realizada pelo Núcleo AMA, formado por vários Grupos de Pesquisa e Laboratórios da Universidades Públicas da Amazônia Legal, que promove o SAMA – Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia. O acesso à revista é livre e gratuito. PubDate: 2019-09-30 Issue No:Vol. 2, No. 2 (2019)
Authors:Jefferson Eduardo da Silva Morales, Georgia Patricia da Silva Ferko, Graciete Guerra da Costa Pages: 16 - 35 Abstract: As requalificações dos antigos núcleos urbanos são promulgadas pelo rótulo de promoção de melhorias para as novas utilizações dos elementos existentes, quase sempre direcionadas à indústria do turismo. Na região amazônica, alguns embriões urbanos formaram-se a partir do beira-rio e as requalificações no espaço estão sendo viabilizadas pela gestão pública sob o discurso da preservação da memória e identidade. Objetiva-se compreender o processo de requalificação da orla do Rio Branco a partir da inserção e reutilização dos elementos no espaço e atuação da gestão pública. Parte-se de abordagem crítica. Os procedimentos metodológicos caracterizaram-se pela pesquisa qualitativa exploratória com a observação participante, levantamento documental e bibliográfico. Foram evidenciadas algumas utilizações da orla do Rio Branco a partir da fundação da Fazenda Boa Vista (1830) como porta de acesso para povoamento do assentamento. Identificadas edificações como a Igreja Nossa Senhora do Carmo e Prédio da Intendência, construídas no entorno imediato da margem do rio (1830-1943). Percebe-se que durante a implantação do plano urbanístico, em 1944, o porto fluvial foi denominado pela população de Porto do Cimento, o qual teve grande importância para o desenvolvimento da cidade e região. Com o declínio do Porto, em função da adoção de outros modais, o poder público negligenciou patrimônios históricos que representavam a memória e a identidade locais. As intervenções, tal como a construção do Monumento Orla Taumanan sob a égide da requalificação do núcleo urbano e as estratégias de “modernização” da cidade, impactaram diretamente em “velhos” e “novos” problemas sociais. PubDate: 2019-09-30 Issue No:Vol. 2, No. 2 (2019)
Authors:Ayana Dantas de Medeiros, Graciete Guerra da Costa Pages: 36 - 53 Abstract: O centro de Boa Vista abriga história e origens arquitetônicas, sociais e culturais do meio urbano e pas-sou de luxo a lixo com o espraiamento da mancha urbana, a chegada de shoppings centers e o crescimento que tirou de si a virtude que carrega no nome: sua centralidade. Nas grandes cidades os centros vêm man-tendo, muitas vezes, apenas sua função econômica. São marcados por processos de degradação e exclusão social, suas terras perdem valor e tornam-se obsoletos. Porém, na contramão do processo de ocupação do espaço urbano movido pelo interesse próprio e na necessidade de revitalizar espaços que, como o centro, dispõem de boa infraestrutura urbana e localização estratégica, ganham força projetos de revitalização e requalificação em áreas urbanas centrais. Esse artigo trata da proposta de estudar a condição de centro em Boa Vista, tendo em vista a evolução urbana da cidade, que é constantemente transformada pela dinâmica do capital que modifica o espaço e que, com o abandono das autoridades, gera desprezo quanto á sua função social, histórica e cultural. Nesses termos, este trabalho oferece o embasamento teórico que busca proporcionar melhores condições de entendimento do Centro de Boa Vista, capital do estado de Roraima. PubDate: 2019-09-30 Issue No:Vol. 2, No. 2 (2019)
Authors:Angélica Pereira Triani, Ohana P. Silva, Paulina O. Ramalho Pages: 54 - 77 Abstract: Este artigo tem por objetivo evidenciar a importância dos arquitetos pioneiros de Roraima, que foram responsáveis pela consolidação da estrutura dos órgãos técnicos no surgimento do estado e que contribuíram para a imagem da arquitetura local, entre o final da década de 1980 e ao longo da década de 1990. Inseridos num segundo momento de influxo desenvolvimentista, estes arquitetos se destacaram pela coordenação e autoria de obras modernas que serviram de alicerce infraestrutural e arranque para o desenvolvimento socioeconômico roraimense, especialmente na década de 1990, com destaque às obras arquitetônicas dos edifícios institucionais, que constituiram um conjunto arquitetônico simbólico para a capital. A necessidade desse registro deve-se à escassez de documentação histórica desse período importante, sendo necessário o registro dessas contribuições, cujas fontes foram pesquisas bibliográficas e análises documentais, como entrevistas com os profissionais da época e registros fotográficos. Desse modo, o trabalho visa destacar como se deu o processo da Arquitetura Moderna tardia em Roraima nesse período, assim como o papel dos arquitetos dos órgãos públicos de infraestrutura como precursores na construção e consolidação do, então, novo estado brasileiro. PubDate: 2019-09-30 Issue No:Vol. 2, No. 2 (2019)
Authors:Rayele Silva da Rocha Silva da Rocha, Claudia Helena Campos Nascimento, Neiliany Beatriz Neubert de Melo Pages: 78 - 101 Abstract: A atualização de informações é uma prática necessária ao processo de produção científica e a busca de dados sobre a arquitetura moderna na Amazônia é um universo que ainda está em consolidação. Desta maneira, tem sido promovida a análise de acervos fotográficos e documentais, pesquisas de campo e material bibliográfico disponível, buscando a construção de uma base referencial de informações sobre os registros arquitetônicos do arquiteto Severiano Mário Porto no Estado de Roraima, em especial na sua capital, Boa Vista. A relevância do tema se faz por apresentar a contribuição desse que é denominado o “Arquiteto da Floresta,” e sua inserção no cenário roraimense através de edifícios institucionais, conjuntos habitacionais e um reservatório d’água, cuja implantação estratégica consolida a estrutura governamental no antigo Território. O presente trabalho visa não apenas atualizar dados, mas apresentar grupamentos de projetos, a partir de suas características, materiais e tipologias, identificando a assinatura e o traço da produção de seu escritório, cujas características se inserem na concepção daquela que foi denominada arquitetura bioclimática, na qual a identificação aporta importante elemento documental para a história e geopolítica administrativa no contexto do desenvolvimento da Amazônia e ocupação das fronteiras brasileiras. PubDate: 2019-09-30 Issue No:Vol. 2, No. 2 (2019)
Authors:Claudia Helena Campos Nascimento, Suellen Cristina da Silva Almeida, Cibele Campos Aragão da Paz, Rafaela Cristina Sander, Suellen Cristina da Silva Almeida, Rayresson Rayresson Pages: 102 - 119 Abstract: O Parque Anauá, na cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, é estudado a partir das duas propostas apresentadas no Primeiro Concurso Público de Anteprojeto promovido pelo então Governo do Território de Roraima, durante a primeira gestão do governador Ottomar de Sousa Pinto. O anteprojeto vencedor foi assinado pelo arquiteto cearense Otacílio Teixeira Lima Neto, e o segundo lugar pelo escritório de arquitetura DPJ Arquitetos Associados de Belém, sob a responsabilidade dos arquitetos Jorge Derenji, Paulo Cunha Lima e José Freire. Elaborado através de revisão bibliográfica e documental, entrevistas e registros fotográficos, o artigo busca a construção histórica da área do Parque, a comparação das duas propostas através do redesenho e descrição dos projetos e a implantação do projeto vencedor. Este estudo volta-se para a preservação da história de Boa Vista pelo reconhecimento desse espaço, considerado o maior parque urbano da região norte do país, que vem sofrendo pelo seu abandono, além de diversas interferências que comprometem a qualidade arquitetônica do projeto original. PubDate: 2019-09-30 Issue No:Vol. 2, No. 2 (2019)