Authors:Ana Carolina Fróes Ribeiro Lopes , Carlos Roberto Monteiro de Andrade, Rodrigo Nogueira Lima Pages: 1 - 7 Abstract: Texto do Editorial da Edição Temática da Revista Risco sobre os Situacionistas. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200054 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Paola Berenstein Jacques Pages: 8 - 36 Abstract: O artigo analisa as errâncias pelo grande labirinto realizadas por Hélio Oiticica (HO) e sua noção de Delirium Ambulatorium, próxima à concepção de deriva urbana dos situacionistas. Tendo em vista a não separação entre vida e obra em HO, bem como entre questões urbanas e corporais, o texto discute os vínculos entre corpo e ambiente nos diversos trabalhos de HO, dos parangolés a Tropicália. Retomando a noção de deriva e a psicogeografia desde os letristas, o artigo aponta o diálogo entre ideias situacionistas e tropicalistas. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200061 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Rita de Cássia Lucena Velloso Pages: 37 - 61 Abstract: São bem conhecidos os respectivos trajetos de Constant Nieuwenhuys e Guy Debord de distanciamento e ruptura em relação à assunção da arquitetura como objeto de sua crítica: Constant, depois de deixar a Internacional Situacionista, em 1960, quando retorna a seu atelier; e Debord ao trafegar para a construção de uma teoria política, o que levaria, inclusive, a Internacional Situacionista a concentrar-se, a partir de 1962, em debater uma teoria crítica da sociedade. Neste trabalho, analiso momentos das trajetórias de Guy Debord e Constant Nieuwenhuys nos quais se demonstra que, necessariamente, a crítica da experiência da comunicação expropriada não pode se fazer sem uma continuada crítica da experiência urbana. Me detenho nos Comentários à Sociedade do Espetáculo (Commentaires sur la société du spectacle, Février - Avril, 1988) de Debord e nos desenhos, gravuras, óleos e aquarelas de Constant, feitos entre 1960 e 1985, mostrando habitantes no espaço interno de Nova Babilônia. No espetacular integrado a separação, que é o contrário da possibilidade do diálogo, é condição de sustentação e permanência dos aparatos e configurações da sociedade. No arranjo da sociedade do espetáculo quem ouve jamais replica, o que equivale a ter como padrão um comportamento de passividade na contemplação. Esse empobrecimento da comunicação corresponde ao empobrecimento da vida vivida sob a dominação do espetáculo; não obstante, - e essa é uma tese forte no texto debordiano - à comunicação que se realiza na práxis radical do diálogo cabe a possibilidade de resistência ao poder espetacular. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.190991 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:José Manuel Rojo Pages: 62 - 68 Abstract: Analisa o fenômeno da reestruturação autoritária e mercantil do espaço urbano e o desaparecimento dos lugares públicos e das trocas diretas entre os indivíduos que ocupam esses espaços. Fenômeno mundial que encontra resistências e intensas lutas locais onde a revolta recupera a sua força, revitalizando lutas e formas de lutar e inventando outras novas, tendo a assembleia e o diálogo livre como eixo fundamental, a solidariedade e a espontaneidade. O caso da revolta no bairro burgalés de Gamonal, localizado na cidade de Burgos, na Espanha, é um dos exemplos cuidadosamente tratado entre muitas revoltas urbanas em todo o mundo. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200072 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Lourdes Martínez Pages: 69 - 78 Abstract: O artigo faz uma análise crítica sobre o livro Walks- capes: Walking as an Aesthetic Practice, publicado pela edi- tora Gustavo Gili, no ano de 2002, primeira edição bilíngue (inglês e espanhol), de autoria do arquiteto italiano Francesco Careri. Por trás do questionamento que fazemos desta obra está o desejo manifesto de denunciar o que consideramos tentativas flagrantes de diluir o conteúdo radical do surrea- lismo ou da Internacional Situacionista e resgatar suas expe- riências de certas práticas artísticas atuais que afirmam ter uma vocação política. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200064 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:João Emiliano Fortaleza de Aquino Pages: 79 - 92 Abstract: O artigo se propõe a mostrar as relações entre os conceitos de deriva e desvio em letristas e situacionistas. Defende que a deriva não é uma simples aplicação do desvio à experiência de deambulação na cidade. Ao contrário, o conceito de desvio se desenvolve com base em determinado nível de concepção da deriva. Entre ambos os conceitos há em comum a produção de um espaço histórico, que conduz à experiência política com o espaço urbano, na deriva; com o espaço estético, no desvio. Ambos os conceitos se defrontam com a questão materialista da assim chamada herança artística e literária, pois só com a justaposição espacial de presente e passado pode haver deles uma experiência histórica, política. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.161423 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Rodrigo Kamimura Pages: 93 - 112 Abstract: Abordamos o projeto de Victor Nieuwenhuys (pseudônimo “Constant”) para a New Babylon (1956-1974), sua gênese e desenvolvimento, confrontando-os com a revolução tecnológica e social necessária à sua realização. Recapitulamos o clima cultural e político da década de 1950: o pós-guerra, a formação do Experimentele Groep, COBRA, MIBI, Internacional Letrista, Internacional Situacionista, a influência de Henri Lefebvre. Passamos à New Babylon, avaliando desenhos, textos, mapas. Lançamos indagações acerca do projeto e suas implicações sociais e psicológicas em relação ao comportamento do indivíduo e ao domínio do coletivo, e à pertinência da cidade voltada para a emancipação humana. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.160474 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Rachel Pacheco Vasconcellos, Thauany Freire Pages: 113 - 129 Abstract: Resumo Potlatch é o título do boletim de informação da Internacional Letrista, que circulou, a partir de Paris, seu centro de produção, entre 1954 e 1957. A I.L., tendo se formado enquanto ruptura de uma vanguarda artística (o letrismo de Isidore Isou), propõe em seu pequeno veículo práticas, formulações teóricas e críticas que darão mais tarde base à organização da Internacional Situacionista. Este artigo faz a análise deste material, buscando compreender a originalidade de seu posicionamento crítico em relação à arte, ao espaço urbano e a vida cotidiana, bem como do conteúdo político de suas ações e experimentações, direcionadas, antes de tudo, a explorar as possibilidades de superação das relações sociais de produção capitalistas. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.160623 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Alex de Carvalho Matos Pages: 130 - 152 Abstract: O recente debate pautado por Balibar, Simone, Mbembe e Boaventura sobre a ideia de “um mundo sem fronteiras” evoca questões colocadas há mais de meio século pela Internacional Situacionista. Em torno da ideia de Urbanismo Unitário, este movimento de vanguarda articulou as interpretações de Guy-Ernst Debord (1931-1994) sobre a psicogeografia e a prática da deriva e as experimentações teórico- artísticas de Aton Constant Nieuwenhuys (1920-2005) na pintura, na escultura e na arquitetura, colocando a superação de fronteiras como uma tarefa fundamental de sua agenda revolucionária. No presente artigo, tendo como pano de fundo a crítica à colonialidade, são discutidas as afinidades entre o Urbanismo Unitário do pós-guerra e o atual debate sobre "um mundo sem fronteiras". PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.160680 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Flávia Marcarine Arruda Pages: 153 - 169 Abstract: Este é um artigo sobre a categoria analítica do nomadismo posto como objeto de crítica para repensar alguns de seus paradigmas como a conceituação dada no sentido comum que o descreve como um movimento extensivo de um deslocamento espacial constante. Essa conceituação será tensionada através das categorias ciganas relacionadas ao espaço, como pousar, andar, viajar, extraídas da etnografia que desenvolvi com uma rede de parentes de ciganos distribuídos na Região Metropolitana de Vitória do Estado do Espírito Santo. Para além do sentido comum, será possível apresentar a noção de um nomadismo intensivo, por meio das categorias ciganas em aproximação com o conceito de nomadismo de Deleuze e Guattari e do conceito de peregrinação e transporte empregado por Tim Ingold. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.160457 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Laura Fonseca de Castro Pages: 170 - 184 Abstract: O artigo propõe o desvio (détournement) situacionista como método para a produção de espaço na cidade contemporânea. O desvio usurpa ou copia elementos existentes sem fazer referência a seus proprietários, desvalorizando, atualizando e transformando sua materialidade em um conjunto novo e crítico. Manifestações do desvio em diferentes mídias são analisadas cronologicamente para organizar o processo de formação do conceito, desde as práticas do cinema do Letrismo, das metagrafias e textos da Internacional Letrista e das artes plásticas da Bauhaus Imaginista até sua sistematização como método no “Manual do desvio”, aplicado no cotidiano da Internacional Situacionista. Percebemos o espaço arquitetônico e urbano como suporte a ser desviado, que pode ter suas intenções de projeto e significados históricos subvertidos em ações coletivas. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2021.160338 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Aline Fernandes Barata, Adriana Sansão Fontes Pages: 185 - 202 Abstract: Em meio à dificuldade dos governos em promover políticas e projetos participativos, testemunhamos processos emergentes de envolvimento da sociedade na construção de espaços coletivos. O objetivo desse artigo é colocar em discussão o potencial do Urbanismo Tático, das experiências na escala humana (ações que testam ideias e transformam os espaços urbanos) e das micropolíticas híbridas (iniciativas de pequena escala que promovem a interação entre poder público e a sociedade) em possibilitar a participação da sociedade na transformação de espaços públicos. Como caso referencial, investigamos o Programa de Praças de Nova York que promove a reconfiguração de segmentos viários subutilizados em praças e estudamos como o programa incorporou medidas temporárias e participativas, passando a representar uma micropolítica híbrida para a cidade. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2021.159706 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Evandro Fiorin Pages: 203 - 222 Abstract: Este artigo apresenta algumas reflexões sobre os desdobramentos de ações realizadas em um contexto paulista e discute as novas experiências que temos realizado em solo catarinense, para atualizar o legado de artistas e arquitetos em suas práticas errantes. Cercados de nomadismos, queremos explicitar uma proposta de contaminação do Ateliê de Projeto com o ambiente urbano, diante da difícil tarefa de descrever as conformações urbanas contemporâneas. Um esforço de percepção que tenta assimilar deambulações, derivas e a prática do caminhar, no ensino de graduação e de pós-graduação, além do seu atrelamento às pesquisas de iniciação científica e de mestrado que orientamos em contextos citadinos bastante diversos, tendo em vista, ainda, os possíveis rebatimentos na extensão universitária, rumo a um (re)conhecimento urbano. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2021.160287 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Asger Jorn, Rodrigo Nogueira Lima, Tatiana Francischini Brandão dos Reis, Eulalia Portela Negrelos, Carlos Roberto Monteiro de Andrade Pages: 223 - 233 Abstract: O presente artigo analisa a relação entre a deriva situacionista e certas práticas artísticas contemporâneas as quais tem como princípio comum o andar como prática estética. O objetivo não é discutir o valor das experiências artísticas que se reivindicam da deriva situacionista, ou que são relacionadas ao ideário da Internacional Situacionista pela crítica, mas esclarecer a origem e os princípios que animaram os jovens letristas e situacionistas em suas incursões urbanas. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200059 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Mario Perniola, Ana Carolina Fróes Ribeiro Lopes , Carlos Roberto Monteiro de Andrade Pages: 234 - 246 Abstract: O artigo discute a estrutura labiríntica enquanto expressão da relação dialética existente entre a cidade e os modos de vida das sociedades. Os argumentos são pautados na análise de três diferentes conceitos de labirinto: o místico-religioso, o iluminista e o “unitário”. Enquanto os dois primeiros conceitos ligam-se à interpretação classicista de labirinto, presentes na passagem do cotidiano medieval para o cotidiano burguês, relacionando aspectos de uniformidade, homogeneidade, simetria, ordem e disciplina, o “unitário” liga-se às condições orgânicas e qualitativas da vida natural, na ausência de qualquer divisão funcional do espaço, e num modo de vida baseado na livre expressão dos sentidos humanos. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200057 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Anselm Jappe, Carlos Roberto Monteiro de Andrade, Rodrigo Nogueira Lima Pages: 247 - 254 Abstract: O presente artigo analisa a relação entre a deriva situacionista e certas práticas artísticas contemporâneas as quais tem como princípio comum o andar como prática estética. Nosso objetivo não é discutir o valor das experiências artísticas que se reivindicam da deriva situacionista, ou que são relacionadas ao ideário da Internacional Situacionista pela crítica, mas esclarecer a origem e os princípios que animaram os jovens letristas e situacionistas em suas incursões urbanas. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200073 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Paulina Maria Caon, Matheus Alcântara Silva Chaparim Pages: 255 - 278 Abstract: Entrevista realizada com o professor Dr. Francesco Careri, docente do Departamento de Arquitetura da Università degli Studi Roma Tre, em junho de 2020. A entrevista abordou ideias da Internacional Situacionista, suas reverberações na atualidade e na própria prática peripatética de Francesco Careri. Foi realizada de modo online, durante lockdown da pandemia de covid-19, em aula do curso de Artes Cívicas da graduação em Arquitetura. Assim, além do roteiro de perguntas dos entrevistadores, contou com as contribuições dos demais estudantes que acompanhavam a aula/entrevista. O material resultante desse diálogo é um compartilhamento generoso de pensamentos sobre as práticas artísticas, o jogo de criar situações, as derivas e as ressignificações da percepção da cidade e de si mesmo por meio do caminhar. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200065 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Ana Carolina Fróes Ribeiro Lopes Pages: 279 - 285 Abstract: Jean-Marc Besse (França, 1956) é filósofo de formação. Possui interesse em epistemologia e história da ciência, e dedica-se, especialmente, aos temas da paisagem, do ambiente e da geografia. Em “O gosto do Mundo. Exercícios de Paisagem” (Ed. UERJ, 2014), Besse desenvolve uma reflexão sobre a paisagem de diferentes pontos de vista, apresentando problemáticas contemporâneas sobre o conceito de paisagem – atualmente compreendida dentro de uma complexa relação com o poder político e econômico e, particularmente, com o projeto urbano e a concepção da cidade. PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200012 Issue No:Vol. 20 (2022)
Authors:Carlos Roberto Monteiro de Andrade, Luciano Bernardino da Costa, Rodrigo Nogueira Lima Pages: 286 - 296 Abstract: Relatos de uma deriva pelos arredores da estação ferroviária de São Carlos PubDate: 2022-07-14 DOI: 10.11606/1984-4506.risco.2022.200069 Issue No:Vol. 20 (2022)