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- EDITORIAL GEMA 35 ANOS
Authors: Juliana de Paula Silva Pages: 1 - 3 Abstract: Caríssimos(as) leitores(as). Esta edição especial comemora os 35 anos do Grupo de Estudos Multidisciplinares do Ambiente (GEMA), que é um órgão da UEM, criado no ano de 1987 por professores da área de Geologia e Geografia Física do Departamento de Geografia (DGE/CCH/UEM), com o objetivo de desenvolver pesquisas sobre os recursos naturais da região na qual está inserida a UEM. Para esse propósito, reuniram-se os professores José Cândido Stevaux, Issa Chaiben Jabur, Manoel Luiz dos Santos, Paulo Nakashima e Sergio Luiz Thomaz (DGE) além dos docentes de outros departamentos Erwin Lenzi (DQI), Evaristo Atêncio Paredes (DEC) e Alice Michiyo Takeda (DBI) para estabelecer as normas gerais para a criação de um núcleo temático voltado às Geociências. O professor Sergio Luiz Thomaz sugeriu a denominação Grupo de Estudos Multidisciplinares do Ambiente, com a sigla GEMA, que foi acolhida por unanimidade. A sede do GEMA é o bloco 24 que dispõe de salas de professores e laboratórios. O GEMA atua no desenvolvimento de pesquisas, principalmente na bacia hidrográfica do alto rio Paraná. Demais projetos foram executados em outros rios, como os rios Ivaí, Paranapanema e Ivinhema com financiamento do CNPq e Fundação Araucária. O GEMA também possui atuação nas áreas de planejamento em municípios paranaenses. Estudos de planejamento rural e urbano já foram realizados nos municípios de Maringá, Campo Mourão, Umuarama, Paranavaí, Cianorte, Nova Esperança e Cidade Gaúcha. Esses estudos foram sumarizados em Notas Explicativas e Atlas e desenvolvidos por intermédio de convênios, como o estabelecido com a Mineropar (atual IAT). Devido o desenvolvimento dessas pesquisas, o grupo ganhou excelência e reconhecimento nacional e internacional, com pesquisas sobre Geomorfologia Fluvial, Análise Geoambiental, Pedologia e Evolução Quaternária de Grandes Sistemas Fluviais. Atrelado ao desenvolvimento da pesquisa científica, uma das principais atividades do GEMA é a formação de recursos humanos, por intermédio da participação de seus pesquisadores em programas de graduação e pós-graduação da UEM, como na Geografia e na Química. Nesse sentido, seus pesquisadores atendem ao desenvolvimento de doutorados, mestrados, estágios, projetos de iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso. Essa edição traz um apanhado dessa história de 35 anos de pesquisas, nesse grande esforço de compreensão da formação dos Geossistemas do Paraná, especialmente em sua porção Noroeste. Traz também a análise das fragilidades e potencialidades atuais, gerando uma contribuição inestimável às Geociências do estado. São apresentados cinco artigos relacionados às dinâmicas atuais e três voltados à história da formação das paisagens, por meio do registro geológico-geomorfológico. Eventos recentes são analisados por Montanher et al., que demonstram como as chuvas extremas influenciadas pelo El Niño de 2015/2016 afetou de forma diversa três geossistemas do Norte Paranaense, mostrando como a diferença de resiliência entre eles explica os variados processos morfodinâmicos observados, e consequentemente as perdas socioeconômicas envolvidas. Seguindo a linha dos estudos de base para o planejamento territorial em municípios paranaenses, Giacomini e Souza realizam por meio de mapeamento e análise da evolução do uso da terra, uma análise temporal de 38 anos na bacia hidrográfica do Ribeirão Paracatu/PR. Os autores identificaram e verificaram em campo quais os geoindicadores mais importantes para mensurar a degradação ambiental nos municípios contemplados. Seguindo outra importante linha de pesquisa do GEMA, os recursos hídricos também são destaque nesta edição, com dois artigos. No primeiro Souza e Morais investigam o potencial de retenção ou não de matéria orgânica em diferentes morfologias de um canal urbano de Maringá, que recebe efluentes domésticos com níveis de poluentes até 380% acima do permitido por lei. No segundo Rocha, Campos e Ng realizaram um estudo aplicado aos impactos negativos da construção da Usina Hidrelétrica Porto Primavera a partir do levantamento da dinâmica hidrológica e conectividade do baixo curso do rio do Peixe (Oeste Paulista), e a análise da variação do Normalized Difference Vegetation Index (NDVI), em períodos anterior e posterior à barragem. Esse tipo de pesquisa é extremamente importante para contradizer o discurso equivocado de que a geração de energia a partir deste tipo de usina causaria poucos impactos, uma vez que não usa combustíveis fósseis. Estudos populacionais também foram contemplados por Endlich e Marques no artigo que traz reflexões sobre o que mostram as estimativas da população. Elas vêm sendo utilizadas pelo menos dois anos a mais do que a série histórica ‘normal’ de 10 anos, uma vez que o censo de 2020 não foi realizado. Em suas reflexões os autores tratam das possíveis causas do grande número de municípios pequenos que seguem a tendência de declínio da sua população, bem como o crescimento populacional de cidades vizinhas aos centros regionais, que poderia ter a própria pandemia como uma da... PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
- CHUVAS EXTREMAS DURANTE O EL NIÑO DE 2015/2016 E SEUS EFEITOS
GEOSSISTÊMICOS NO NORTE DO PARANÁ Authors: Otávio Cristiano Montanher, Cíntia Minaki, Eduardo Souza de Morais, Juliana de Paula Silva Pages: 4 - 29 Abstract: O episódio El Niño entre setembro/2015 e fevereiro/2016 ocasionou chuvas abundantes no estado do Paraná. Neste artigo os objetivos foram identificar os limites espaciais de maior magnitude deste evento climático e as respectivas respostas geossistêmicas na paisagem. Para isso, foram analisadas 32 séries de precipitação (1981 e 2016). O parâmetro temporal mais indicativo de evento extremo das chuvas durante o período de El Nino foi a precipitação acumulada em seis meses. O tempo de retorno (TR) deste parâmetro foi calculado e espacializado por meio de krigagem. Os resultados mostram que uma faixa longitudinal de 450 por 140 km teve chuvas com TR > 30 anos, atingindo máximos maiores do que 150 anos. Levantamentos feitos em campo, via imagens orbitais, por meio de fontes oficiais e da imprensa, mostram uma grande diversidade de efeitos causados pelas chuvas, como a interdição de estradas, interrupção no fornecimento de água e energia, erosões em áreas urbanas e rurais. Conclui-se que a estabilidade dos geossistemas regionais foi rompida em decorrência dos valores extremos de chuva, de modo que a região Noroeste do Paraná teve menor resiliência em relação ao Norte Central e Norte Pioneiro, devido às diferenças entre as litologias e coberturas superficiais dessas regiões. Palavras-chave: Erosão. Inundação. Resiliência. Tempo de retorno. Conectividade. PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
- AVALIAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA DE PATAMARES EM TRECHO FLUVIAL COM
LANÇAMENTO DE EFLUENTE DOMÉSTICO: O CÓRREGO MANDACARU, PR Authors: Vitor Hugo de Souza, Eduardo Souza de Morais Pages: 30 - 48 Abstract: O despejo de efluente doméstico pode deteriorar a qualidade da água dos rios e potencialmente afetar as unidades do relevo fluvial. Neste estudo avaliou-se as características sedimentológicas de patamares e aferiu-se potenciais alterações sedimentológicas decorrentes do despejo de efluente doméstico. Os patamares avaliados estão a montante e a jusante do lançamento de efluentes e localizam-se no trecho final da bacia hidrográfica do córrego Mandacaru. Foram coletadas amostras para análises sedimentológicas de granulometria e matéria orgânica a 10 cm de profundidade da superfície dos patamares. A média do conteúdo de lama (silte + argila) foi de aproximadamente 47%. A média do conteúdo de matéria orgânica foi de aproximadamente 2,7%. As análises estatísticas evidenciaram que não há variação significativa do conteúdo de lama e matéria orgânica da camada superficial dos patamares entre as amostragens a montante e a jusante do despejo de efluente. Os resultados também indicaram que há uma forte correlação entre a concentração de lama (silte e argila) e matéria orgânica. Os patamares, no contexto geomorfológico avaliado, não estocam matéria orgânica. Essa característica pode ser explicada pela ocorrência de vazões de elevada magnitude proveniente da urbanização na bacia hidrográfica do córrego Mandacaru. Palavras-chave: Granulometria. Carbono Orgânico. Córrego Mandacaru. PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
- PUBLICAÇÕES SOBRE FITÓLITOS NO ESTADO DO PARANÁ: O QUE A GEOGRAFIA TEM
A VER COM ISSO' Authors: Mauro Parolin, Fernando Henrique Villwock, Jonathan Sangalli Bondaruk, Eloisa Silva de Paula Parolin Pages: 49 - 67 Abstract: Os fitólitos são micropartículas de sílica que se formam durante o crescimento da planta, sendo liberados quando a planta morre e se decompõe, posteriormente são utilizadas em pesquisas de reconstituição paleoambiental. O presente estudo teve por objetivo realizar um levantamento sobre as publicações (artigos em periódicos científicos, capítulos de livro, teses e dissertações) envolvendo fitólitos no estado do Paraná, entre 2011 e 2021. As buscas ocorreram na internet, sendo utilizadas as seguintes palavras-chave: Fitólito; “Phytolith”; Estado do Paraná; “Paraná State”. Com os resultados: i) foi elaborado um mapa de distribuição dos estudos no Estado; ii) foi relacionada a área de graduação dos autores; iii) foram indicados os programas de pós-graduação envolvidos na pesquisa. Os resultados mostraram que: a) 40 publicações foram realizadas; b) 55% dos autores possuem graduação em Geografia, 12% em Biologia, 9% em Geologia, 7% em Engenharia Ambiental, 5% em Agronomia e 12% em outras áreas; c) as publicações abrangem 21 municípios (áreas sul, sudeste, sudoeste, central e noroeste); d) entre os 5 programas de pós-graduação que desenvolveram pesquisas com fitólitos, 4 são programas de Geografia. Tais resultados parecem mostrar novos caminhos para a pesquisa geográfica, principalmente aquela desenvolvida em Geografia Física no estudo do Quaternário e solos. Palavras-chave: Sílico-fitólitos. Sílica biogênica. Cienciometria. PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
- RELAÇÕES LITOESTRUTURAIS E MORFOTECTÔNICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO
BUFADEIRA – FAXINAL/ PR - SUL DO BRASIL Authors: Edison Fortes, Fernando Ricardo dos Santos, Américo José Marques Pages: 68 - 94 Abstract: A bacia do rio Bufadeira está localizada no município de Faxinal, no contexto de transição entre o Segundo e o Terceiro Planalto paranaenses, sendo constituída por rochas sedimentares e ígneas das formações Rio do Rasto, Pirambóia, Botucatu e Serra Geral, todas pertencentes à Bacia Sedimentar do Paraná. As formações cenozóicas mais importantes estão representadas por leques aluviais recobertos por colúvios arenosos e argilosos que ocupam o sopé dos limites escarpados da serra, bem como coberturas colúvio-aluviais próximas as calhas dos cursos fluviais. O presente estudo teve por objetivo estudar os controles litoestruturais exercidos sobre o modelado do relevo, bem como as influências de estruturas regionais da Serra da Bufadeira, a partir do entendimento do geomorfológico da bacia hidrográfica do homônima. Sequências de blocos limitados por falhas normais de direção NE-SW, associado a zona periférica do Alto Estrutural de Mauá da Serra, condicionam o quadro morfotectônico da área. Com base na análise das feições estruturais foram definidos dois compartimentos morfotectônicos da Bacia Hidrográfica do Rio Bufadeira: o Compartimento Morfotectônico da Cimeira Basáltica (CMCB), que se desdobr em três subcompartimentos: o Subcompartimento Morfotectônico das Altas Superfícies Estruturais (SMASE), o Subcompartimento Morfotectônico das Superfícies Intermediárias Desniveladas (SMSID) e o Subcompartimento Morfotectônico das Baixas Superfícies Desniveladas (SMBSD). O segundo compartimento é representado pelo Compartimento Morfotectônico das Superfícies Inumadas (CMSI). Estes compartimentos são limitados por escarpas que evidenciam erosão diferencial acentuada, combinado com falhamentos normais em estilo dominó, com direção N60E subvertical. Falhas normais subverticais em estilo dominó foram registradas em na Formação Rio do Rastro afetando depósitos de coberturas cenozoicas, indicando a possibilidade de eventos de caráter neotectônico no condicionamento morfogenético da paisagem, embora este ainda necessite de maiores investigações para sua confirmação. PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
- ENQUANTO O CENSO DEMOGRÁFICO NÃO VEM: ESTIMATIVAS POPULACIONAIS E
TENDÊNCIAS OBSERVADAS NO PARANÁ Authors: Ângela Maria Endlich, Américo José Marques Pages: 95 - 113 Abstract: É certo que a pandemia alterará significativamente os dados demográficos. Ao mesmo tempo em que ela ocorre, a privação de dados do Censo Demográfico gera ainda muitas incertezas. Deste modo, as estimativas são valorizadas como possibilidade para tentar atualizar os dados e identificar algumas tendências. Dentre as indagaçãoes estão aquelas referentes a que tendências demográficas persistem e se é possível identificar novas. Temos insistido na relevância de problematizar o declínio demográfico ocorrido em muitas pequenas cidades/localidades, que observamos sobretudo no setentrião paranaense, mas que afeta também municípios de outras regiões. A referida região foi marcada por superlativos demográficos. Ora o crescimento foi intenso e rápido no processo de ocupação capitalista efetiva, ora com as transformações socioespaciais ocorridas em decorrência das mudanças econômicas tem passado por um intenso processo de perda de população. Contudo, neste trabalho, as indagações abrem-se as possíveis novas tendências, tomando por referência o recorte da Região Intermediária de Maringá com 115 municípios agrupados em sete Regiões Imediatas. Ao passo que verificamos uma persistência da variação negativa da população, observamos municípios que, ao contrário, mostram significativo crescimento populacional, em alguns casos são municípios que em décadas anteriores perdiam e que agora apresentam uma reversão do processo. Palavras-chave: IBGE. Pequenas Localidades. Região Intermediária de Maringá. PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
- DINÂMICA HIDROLÓGICA, CONECTIVIDADE E VARIABILIDADE DO ÍNDICE DE
Authors: Paulo César Rocha, Larissa Barcelos Campos, Pâmela Ng Pages: 114 - 131 Abstract: Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar a distribuição espacial da cobertura vegetal, através do índice de vegetação, Normalized Difference Vegetation Index (NDVI), em ambientes de planície fluvial do baixo curso do rio do Peixe, baseado na sua dinâmica hidrológica e aspectos de conectividade no sistema rio-planície-fluvial. A área específica de estudos está contida nos domínios dos depósitos aluvionares do baixo curso do rio do Peixe. Nesta área está o Parque Estadual do Rio do Peixe – PERP. Na bacia de drenagem, há intenso uso de pastagens e cana de açúcar. O trecho extremo oeste do rio está alagado pelo reservatório da UHE Porto Primavera (rio Paraná) deste 2001. Para desenvolvimento do trabalho, foram obtidas imagens a partir dos satélites Landsat-5 Landsat 7 e Landsat-8, tratadas através de técnicas de geoprocessamento e tratamento digital de imagens orbitais, utilizando-se um sistema de informação geográfica (SIG). Foram elaborados mapas temáticos a partir da aplicação do NDVI, que auxiliou na interpretação e compreensão da alternância de áreas úmidas e/ou com cobertura vegetal. Foi possível verificar que durante períodos com águas mais altas no rio, a vegetação de maior biomassa ficou mais desenvolvida em detrimento da vegetação de menor biomassa, que tendeu a diminuir após o início de operação da UHE Porto Primavera. Palavras-chave: Sistema Rio-Planície Fluvial. Morfologia Fluvial. Conectividade. Índice de Biomassa NDVI. Rio do Peixe. PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
- O USO E OCUPAÇÃO DA TERRA, 1984 – 2022, COMO INDICADOR DA DEGRADAÇÃO
AMBIENTAL NA BACIA DO RIBEIRÃO PARACATU/PR Authors: Fábio de Oliveira Giacomini, Marta Luzia de Souza Pages: 132 - 156 Abstract: A intervenção antropogênica relacionada com o uso e ocupação da terra, 1984, 1997, 2010 e 2022, foi abordada como um indicador da análise da degradação ambiental na bacia do ribeirão Paracatu, localizada no Norte Central do Paraná, o qual abrange partes dos municípios de Nova Esperança, Atalaia e Presidente Castelo Branco. A análise foi subsidiada por levantamentos bibliográficos e em campo, através da historicização socioeconômica e caracterização físico-natural correlacionada ao emprego de técnicas de geoprocessamento que proporcionaram a elaboração de cartas de uso e ocupação da terra, além da declividade que foi associada às formas do relevo. Constatou-se que nas análises comparativas das cartas de uso e ocupação de 1984, 1997, 2010 e 2022, os usos da terra geraram pressão quanto ao desenvolvimento à degradação ambiental, destacando o desenvolvimento de processos erosivos e assoreamento de cursos d’águas, associados à supressão da vegetação ciliar nas margens do córrego Paracatu e do ribeirão Caxangá. Os resultados obtidos ressaltam a necessidade de ações conjuntas das prefeituras municipais, poder público e privado, órgãos ambientais estaduais que englobam a referida bacia hidrográfica, para que a produção do espaço seja planejada considerando os interesses socioambientais. Palavras-chave: Impactos Ambientais. Geoindicadores. Bacia Hidrográfica.
PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
- CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E ESTRUTURAL DOS DERRAMES VULCÂNICOS DA
VOLTA GRANDE DO ALTO RIO URUGUAI, SUL DO BRASIL Authors: Vitor Hugo Rosa Biffi, Marcos César Pereira Santos, Nelson Vicente Lovatto Gasparetto Pages: 157 - 185 Abstract: A Volta Grande do alto rio Uruguai corresponde a uma importante área para a compreensão das ocupações humanas pré-coloniais no contexto do sul do Brasil. Nessa área, são escavados sítios arqueológicos no âmbito do projeto POPARU onde foi identificada e descrita a cultura material (materiais líticos e cerâmicos) presente nas ocupações dos últimos 12.000 anos AP. Na indústria lítica, as matérias-primas ainda são uma questão em aberto e, inicialmente, hipóteses foram levantadas que se trata de matérias primas obtidas em contexto local. Neste trabalho, foram investigados e caracterizados os derrames vulcânicos da área, visando reconhecer a litologia local e eventuais fontes de matéria-prima. Foram identificadas as seguintes litofácies: fácies com estruturas de segregação (Bv), fácies vulcânicas afaníticas com vesículas esparsas (Bam, Bvc), fácies vulcânicas afaníticas a hipocristalino colunares (Bac), fácies Autobrechas Basálticas (Br) e Depósitos Vulcanoclásticos Máficos (DVM), se destacam os DVM por constituírem uma ampla variabilidade de feições de interação vulcano-sedimentares que podem ter sido utilizadas como fonte de matéria prima, embora sejam relativamente distintas daquelas encontradas nas coleções líticas dos sítios arqueológicos da VGUR. Palavras-chave: Arqueologia. Matéria Prima. Serra Geral. PubDate: 2023-03-24 Issue No: Vol. 15, No. 1 (2023)
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