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Finisterra : Revista Portuguesa de GeografiaNumber of Followers: 0
Open Access journal ISSN (Print) 0430-5027 - ISSN (Online) 2182-2905 This journal is no longer being updated because: the publisher no longer provides RSS feeds
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- “REIMAGINING SUSTAINABLE CITIES: STRATEGIES FOR DESIGNING GREENER,
HEALTHIER, MORE EQUITABLE COMMUNITIES” POR STEPHEN M. WHEELER E CHRISTINA D. ROSAN Authors: Marisa Fragoso Abstract: O futuro das cidades passa pela sua capacidade de se tornarem mais sustentáveis, o que exige um planeamento cuidado e medidas específicas que garantam a preservação do ambiente, estimulem um crescimento económico sustentável e promovam o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e equitativa. Adinyira et al. (2007) consideram a sustentabilidade urbana como um conjunto de condições urbanas desejáveis que persistem ao longo do tempo e que se caracterizam por questões como a equidade inter e intrageracional, a proteção ambiental, a utilização mínima de recursos não renováveis, a vitalidade e diversidade económicas, a autossuficiência da comunidade e o bem-estar humano. PubDate: 2024-03-13 DOI: 10.18055/Finis32732 Issue No: Vol. 59, No. 125(AOP) (2024)
- A CONCENTRAÇÃO ESPACIAL DA NOVA ECONOMIA:
Authors: Giovana Mendes de Oliveira, Michel da Silva Knuth Abstract: O estudo, com foco na Nova Economia, tem por objetivo analisar a localização das atividades de Tecnologias da Informação (TI) no Brasil. Discute este setor de serviços e sua instalação nas cidades, e analisa a presença de empresas e de empregados no Brasil numa comparação em escala nacional entre as unidades da federação; e entre os municípios; enquanto, na escala regional, aborda o estado de São Paulo. O trabalho se vale, sobretudo, dos bancos de dados oficiais da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego do governo federal, conseguindo revelar todo o território brasileiro. A base teórica se relaciona com estudos de inovação e território, apontando que a transformação da base tecnológica com contornos globais, a partir da segunda metade do século XX, propiciou o surgimento de uma Nova Economia, que tem ênfase na informação, no conhecimento, na aprendizagem e na inovação. Como resultado do estudo, é apresentada a presença da TI nas capitais brasileiras, em especial, no Sul e Sudeste do país, com a supremacia de São Paulo e sua região metropolitana. O estudo evidencia uma grande concentração de atividades de TI nos grandes centros, manifestando a permanência ou o aprofundamento das desigualdades territoriais no Brasil. PubDate: 2024-03-13 DOI: 10.18055/Finis30355 Issue No: Vol. 59, No. 125(AOP) (2024)
- O TRANSPORTE AÉREO INTERILHAS COMO INSTRUMENTO DE COESÃO
TERRITORIAL: Authors: JOSE ANGEL HERNANDEZ LUIS, Pedro Pimentel, Gualter Couto, Rui Alexandre Castanho Abstract: Este artigo tem como objetivo realizar uma análise da acessibilidade aérea inter-ilhas nas ilhas dos Açores (Portugal). Enquanto espaço afetado pela fragmentação territorial e, ainda por cima, distante entre as diferentes ilhas, o transporte aéreo assume uma importância vital para o desenvolvimento socioeconómico do Arquipélago, facilitando a mobilidade dos residentes e o aumento do turismo. Esta situação é agravada nos Açores pelo baixo peso demográfico e económico, para além do notório desequilíbrio entre ilhas. Metodologicamente, analisamos vários parâmetros de acessibilidade, focando-nos nas operações horárias, pois é onde detetámos os piores rácios. Para tal, tomamos como base os horários das conexões aéreas inter-ilhas de 12 anos (2009-2020) das épocas de inverno, com maior probabilidade de utilização por residentes e, portanto, por motivos de deslocação relacionados com negócios, saúde, administração, etc. Como resultado do artigo, detetamos que embora se tenha trabalhado positivamente com a introdução de obrigações de serviço público aéreo, impondo um certo número de frequências, lugares, tetos tarifários, etc., o pouco interesse em trabalhar num ajustamento dos horários de funcionamento em função da procura está a levar a uma disponibilidade de tempo no destino – numa operação de ida e volta no mesmo dia, muito recorrente na mobilidade inter-ilhas, pouco favorável aos viajantes em mais de 70% das rotas operacionais. PubDate: 2024-03-13 DOI: 10.18055/Finis29017 Issue No: Vol. 59, No. 125(AOP) (2024)
- UMA GEOGRAFIA DO QUE ACONTECE:
Authors: Mateus Fachin Pedroso Abstract: A preocupação central deste artigo foi compreender as trajetórias de vidas experienciadas interseccionalmente por mulheres a partir do conceito de assemblage thinking na produção de seus respectivos contextos geográficos, especificamente, a realidade daquelas que viveram/vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana / Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) em Presidente Prudente – SP, Brasil. Para este estudo foi elencada a articulação metodológica entre a História de Vida e a Análise do Discurso (AD) pautada na produção e análise dos dados qualitativos (infância, juventude, vida adulta). Isso permitiu a interpretação dos sentidos e conexões produzidos pelas participantes da pesquisa mediante as complexas realidades de espaço-tempo, de conteúdo e de agência evidenciadas nas narrativas. As mulheres participantes da pesquisa, lidaram e interagiram com distintos agentes sob a conformidade produzida com/no o contexto geográfico, o que evidenciou modificações constantes em seus campos de possibilidades mediante o destaque de seus principais acontecimentos e pontos de inflexão. Tal entendimento nos faz crer na potencialidade do emprego da assemblage thinking e do contexto geográfico enquanto contribuições para a Geografia, sobretudo, nos campos comprometidos com os sujeitos, suas culturas, corpos e suas interseccionalidades que permitem a leitura do movimento, da continuidade da vida, do novo, do ainda desconhecido. PubDate: 2024-03-13 DOI: 10.18055/Finis31298 Issue No: Vol. 59, No. 125(AOP) (2024)
- AS GEOFORMAS COMO UMA PRIMEIRA APROXIMAÇÃO NA CARTOGRAFIA DOS
GEOSSISTEMAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PINDARÉ – AMAZÔNIA MARANHENSE/BRASIL Authors: Rafael Brugnolli Medeiros, Luiz Carlos Araujo dos Santos Abstract: Tratar os geossistemas enquanto unidades relativamente homogêneas traz à baila a possibilidade de atribuir ao relevo, papel primordial como um primeiro nível taxonômico de análise das paisagens. Aplicar tal forma de compartimentação em uma área da Amazônia, é fundamental diante da inexistência de mapeamentos e documentos que retratem as paisagens da Amazônia maranhense. O presente artigo objetiva identificar as geoformas da Bacia Hidrográfica do Rio Pindaré-MA, como um primeiro nível das unidades geossistêmicas, dando ao fator relevo e substrato rochoso, importantes destaques. A metodologia consistiu na utilização de técnicas e métodos do geoprocessamento a fim de encontrar as variáveis declividade, hipsometria, curvatura da superfície, orientação de vertentes, relevo sombreado e geologia. Como resultados, foi possível identificar 14 unidades e 27 subunidades a que foram dadas a nomenclatura de geoformas, cada uma com características geológicas e geomorfológicas únicas e que deram origem a muitos dos aspectos atuais da paisagem da região oeste maranhense. Os planaltos tabulares e serras contrastam com patamares reduzidos e relevos planos da baixada maranhense, em meio a elas, planícies fluviais, flúvio-lacustres e flúvio-marinhas também se destacam nessa importante bacia hidrográfica. A partir desses resultados, foi possível obter uma proposta de hierarquização e mapeamento em escala regional, auxiliando em possíveis propostas futuras de planejamento. PubDate: 2024-03-13 DOI: 10.18055/Finis29307 Issue No: Vol. 59, No. 125(AOP) (2024)
- PROPOSIÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UM RACIOCÍNIO
GEOGRÁFICO: Authors: Lucio Antonio Leite Alvarenga Botelho, Roberto Célio Valadão, Lorena Rocca Pages: 73 - 87 Abstract: O termo “raciocínio geográfico”, no Brasil, ganhou amplitude e centralidade no debate do ensino de Geografia após a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2017. Este termo, desde então, tem sido utilizado frequentemente na proposição de currículos escolares em atendimento a essas novas diretrizes do currículo nacional brasileiro. Não obstante, a busca pelo encaminhamento por meio do qual se processa o raciocínio geográfico é anterior à BNCC, sendo pauta de discussões de pesquisadores brasileiros da educação há, pelo menos, duas décadas. Diante da relevância que o termo vem ganhando no ensino no Brasil, este artigo está pautado nas seguintes questões: Há, no campo da didática da Geografia, propostas epistemicamente robustas que indicam como desenvolver o raciocínio geográfico em sala de aula' E, no caso da sua existência, em quais dimensões estas propostas contribuiriam para o desenvolvimento da Geografia Escolar, sobretudo em atendimento às mudanças curriculares em curso no Brasil' Na busca por responder a estes questionamentos foi efetivado levantamento bibliográfico que identificou três propostas de raciocínio geográfico construídas a partir de pesquisas sistemáticas conduzidas pelos seus autores: uma proposta belga e duas brasileiras. A análise destas propostas é apresentada e problematizada neste artigo, de modo a favorecer a compreensão cognitiva inerente à ação de raciocinar geograficamente. Esta ação revela-se uma estratégia didática pautada num ensino de Geografia comprometido com a cientificidade, notadamente ao se fundamentar no emprego de uma rede conceitual epistemicamente chancelada pela ciência geográfica, na busca por responder a uma pergunta geográfica inerente a uma dada situação, também, geográfica. PubDate: 2024-04-05 DOI: 10.18055/Finis32582 Issue No: Vol. 59, No. 125(AOP) (2024)
- FRAGMENTAÇÃO DO MERCADO DE TAZIBOUHO-UNIVERSITÉ (DALOA,
COSTA DO MARFIM): Authors: Mohamed KANATE First page: 89 Abstract: Os mercados são importantes para os decisores públicos da Costa do Marfim, que estão a construir mercados comunais. A comuna de Daloa insere-se neste contexto e, para além do seu mercado central, cada um dos seus bairros dispõe de um mercado secundário. No entanto, apesar da sua presença, o bairro de Tazibouho-Université possui mercados individuais que se distribuem em zonas densamente povoadas. Esta dispersão, com áreas de influência reduzidas, é contrária ao princípio da evolução dos mercados. A fragmentação dos mercados reduz os bens e serviços comercializados, embora esteja em voga no bairro de Tazibouho-Université. Este artigo propõe analisar as razões desta situação, que é contrária à dinâmica natural dos mercados. Para o efeito, foi efetuada uma revisão da literatura sobre os mercados. Seguiu-se um inquérito no terreno a comerciantes, clientes e fornecedores. Além disso, foi utilizado um sistema de informação geográfica para estabelecer causalidades e ligações entre atores e serviços. Isto permitiu mostrar que este mercado nasceu da convergência da estrutura social e do sistema espacial do bairro, levando os seus comerciantes a ter como clientes os residentes locais e como fornecedores outros mercados e agricultores da periferia. Além disso, a sua expansão deve-se ao estatuto socioprofissional dos funcionários públicos locais, cujo comportamento aquisitivo é moldado pelas estratégias de proximidade dos comerciantes. PubDate: 2024-04-08 DOI: 10.18055/Finis34642 Issue No: Vol. 59, No. 125(AOP) (2024)
- REVELANDO REGIÕES ENVELHECIDAS ATRAVÉS DE PADRÕES
ESPACIAIS: Authors: Mustafa Yakar, Ertuğrul Murat Özgür Pages: 105 - 123 Abstract: O objetivo deste artigo é revelar o padrão espacial do envelhecimento estrutural ao nível local na Turquia e distinguir as regiões de envelhecimento ao vincular esse padrão com a dinâmica demográfica que o estabelece. Os dados para o estudo foram obtidos do Instituto de Estatística Turco para o ano de 2020, representando o envelhecimento estrutural, a taxa geral de fertilidade, a proporção da população muito idosa e os níveis de imigração e emigração por distritos foram utilizados para esse fim. Os dados foram analisados com a técnica de agrupamento multivariado. Como resultado da análise, a Turquia foi dividida em quatro regiões de envelhecimento com características diferentes. Foi determinado que o envelhecimento estrutural, a fertilidade, a longevidade e os níveis de migração interna afetam o caráter de cada região de maneiras diferentes e as regiões foram rotuladas em termos de nível de envelhecimento. Como resultado, as regiões de envelhecimento podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias regionais úteis para políticas e programas de implementação. PubDate: 2024-04-12 DOI: 10.18055/Finis32411 Issue No: Vol. 59, No. 125 (2024)
- COMO PODE O DESENHO URBANO PROMOVER A LIGAÇÃO À
NATUREZA' Authors: Daniel Paiva, Raquel Maia First page: 131 Abstract: Este estudo revê o conhecimento atual sobre o papel que o desenho urbano desempenha na promoção da conexão com a natureza e discute o valor da figitalização para a reconexão da população urbana com a natureza. A promoção da conexão com a natureza na cidade é importante, dado que a maioria da população humana vive em cidades, e as pessoas que se sentem mais conectadas à natureza tendem a retirar dela mais benefícios de saúde e demonstrar mais apoio a ações de conservação da natureza. Aqui, analisamos três tendências distintas nas discussões sobre o desenho do espaço verde urbano e o seu impacto na conexão com a natureza. Primeiro, destacamos a literatura que se preocupa com a relação entre as qualidades espaciais do espaço verde urbano, nomeadamente a sua dimensão, diversidade, conetividade e estilo, e a intensidade do contacto com a natureza entre a população urbana. Segundo, revemos os estudos que chamam a atenção para o impacto das qualidades sensoriais do espaço verde urbano na perceção e apreciação da biodiversidade natural e dos benefícios da natureza para a saúde, e as implicações desses estudos para o desenho urbano. Terceiro, olhamos para o número crescente de experiências que aplicam a realidade estendida e plataformas digitais para aumentar o envolvimento com a natureza, e discutimos o que isto pode significar em termos de promoção da conexão com a natureza. Concluímos o estudo discutindo o potencial e as limitações da figitalização de espaços verdes urbanos. PubDate: 2024-04-10 DOI: 10.18055/Finis33347 Issue No: Vol. 59, No. 125 (2024)
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