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- História, direito, política, música e arte: onde o povo
brasileiro' Authors: Dulcilia Helena Schroeder Buitoni, Luiz Armando Bagolin, Walter Garcia Pages: 13 - 17 Abstract: Editorial da Revista do IEB 83 - História, direito, política, música e arte: onde o povo brasileiro' PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p13-17
- Fazer e desfazer história: a contribuição historiográfica de António
Manuel Hespanha Authors: Monica Duarte Dantas, Samuel Barbosa Pages: 19 - 23 Abstract: Este dossiê discute as contribuições de António Manuel Hespanha (1945-2019) para a história política e a história do direito, bem como o seu pioneirismo no campo das humanidades digitais. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p19-23
- A centralização do poder em Portugal: “uma tragédia ou epopeia que
começou cedo” Authors: Maria Filomena Coelho Pages: 24 - 40 Abstract: As abordagens propostas por António Manuel Hespanha relativamente ao exercício do poder em Portugal, no período do chamado Antigo Regime, tiveram forte impacto historiográfico, com instigantes desdobramentos que se podem apreciar até hoje na produção intelectual dedicada à Idade Moderna e aos estudos coloniais. A maneira inovadora como ele propôs a mudança de perspectiva, de uma tradição interpretativa de tipo centralista, para outra, de cunho pluralista, propiciou resultados muito mais operativos para se conhecer a complexidade das estruturas e lógicas do poder. Entretanto, tal proposta não teve a mesma repercussão entre os medievalistas, que continuam a preferir a matriz centralista como forma do passado. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p24-40
- Uma releitura do “Brasil colonial” a partir da obra de
António Manuel Hespanha Authors: João Fragoso, Maria Fernanda Bicalho Pages: 41 - 56 Abstract: O intuito do presente artigo é ressaltar o mérito e a abrangência da influência da obra de António Manuel Hespanha no sentido da ruptura de uma abordagem clássica da historiografia brasileira sobre o período colonial, ou seja, do estabelecimento de um novo paradigma historiográfico por meio da operacionalização de novas categorias e conceitos. Na segunda parte, iniciamos com um rápido balanço da atual discussão historiográfica sobre Estados e monarquias na Europa moderna. Com isso, pretendemos contribuir para a discussão da historiografia sobre a sociedade dos trópicos entendida como parte da monarquia pluricontinental portuguesa. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p41-56
- Ampliando as fontes: António Manuel Hespanha e a literatura jurídica
portuguesa da Idade Moderna Authors: Gustavo César Machado Cabral Pages: 57 - 71 Abstract: Este artigo pretende discutir algumas questões metodológicas nas obras de António Manuel Hespanha (1945-2019), particularmente no que se refere às fontes que devem ser utilizadas pelos historiadores do direito especializados na Idade Moderna. O foco principal será a literatura jurídica portuguesa moderna, uma espécie de fonte que foi bastante negligenciada durante os anos em que Hespanha escreveu os seus primeiros trabalhos de impacto. A fim de compreender esse ponto, dois textos foram relevantes para este estudo, nomeadamente “Para uma teoria da história institucional do Antigo Regime” (1984) e Como os juristas viam o mundo (2015), nenhum deles costumeiramente mencionados como trabalhos canônicos do autor. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p57-71
- Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo
dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados Authors: Carmen Alveal, Marcos Arthur Viana da Fonseca Pages: 72 - 87 Abstract: Este texto se propõe a dialogar com a obra do jurista António M. Hespanha, mais especificamente com o artigo “Porque é que existe e em que é que consiste um direito colonial brasileiro” e o livro Como os juristas viam o mundo. A partir de suas contribuições em torno do direito, pretende-se debater a existência de um direito local e o seu uso por instâncias locais em contraposição à concepção de um direito erudito, letrado, utilizado pelos oficiais régios. No período moderno, convivia-se com uma miríade de direitos: direito romano, canônico, comum (ius commune), régio, local e costumeiro. A primeira parte deste texto analisa processos judiciais referentes a questões fundiárias oriundas da Comarca de Paranaguá. A segunda foca alguns casos nos quais os oficiais também utilizaram as diferentes ordens normativas coexistentes em proveito próprio tendo como foco as Capitanias do Norte do Estado do Brasil. O objetivo é perceber o uso local do direito, aproximando-se do que o professor Hespanha afirmava, da existência de um direito “brasileiro” no período colonial. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p72-87
- Espaço político e organização do poder no Antigo
Regime em Portugal Authors: José Subtil Pages: 88 - 116 Abstract: Entre a Restauração (1640) e as invasões francesas (1807), a organização da centralidade do poder régio conheceu dois períodos muito diferentes que corresponderam a duas modalidades de organização do espaço político e do exercício do poder. À sociedade de corte, que alimentou o culto da monarquia e da autoridade régia, seguir-se-á o Estado de Polícia cuja cornucópia do bem-estar e da felicidade da população se focou, essencialmente, na sociedade e na política. Quanto ao poder periférico, o reformismo iluminista ensaiou, de forma inovadora, o processo de desconstrução da rede organizativa corporativa, mas seria o Estado Liberal a concretizar esse objetivo. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p88-116
- Hespanha e uma crítica do liberalismo português
Authors: Arno Wehling Pages: 117 - 130 Abstract: A proposta deste estudo, que se constitui antes de mais numa homenagem ao grande historiador que foi António Manuel Hespanha, é a de situar algumas de suas contribuições para o conhecimento do liberalismo em Portugal. A análise dessas contribuições permite não apenas levantar questões nessa temática, como estendê-las à problemática geral do liberalismo e a aspectos do próprio conhecimento histórico. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p117-130
- António Hespanha e as vésperas das humanidades digitais
Authors: Nuno Camarinhas Pages: 131 - 144 Abstract: Ao longo do seu percurso como historiador, António Hespanha cultivou a inovação metodológica, colocada sempre a serviço de um enorme rigor com a escolha e a exploração das fontes. Parte muito relevante do pioneirismo do seu trabalho está ligada à permanente abertura ao que as tecnologias da informação e as ferramentas digitais poderiam trazer à historiografia, não apenas enquanto utensílios de trabalho analítico mas também como potentes instrumentos de divulgação e disponibilização, em larga escala, de dados e de trabalho crítico. Este texto, fazendo um breve conspecto do trabalho de António Hespanha com forte investimento nos meios tecnológicos, procura demonstrar o seu papel pioneiro na aplicação e divulgação do que hoje conhecemos como humanidades digitais. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p131-144
- Entre a praça e o largo: artistas e intelectuais na formação de dois
“berços” do samba Authors: Renata Monteiro Siqueira, Rafael do Nascimento Cesar Pages: 146 - 164 Abstract: Comparando a Praça Onze e o Largo da Banana, este artigo analisa as negociações assimétricas entre sambistas negros e intelectuais brancos na consolidação desses espaços como “berços” do samba, conduzidas nos Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro e de São Paulo. Projetos de história oral realizados entre os anos 1960 e 1980 ambicionavam formalizar uma narrativa a partir dos mesmos parâmetros acerca da autenticidade da cultura popular, mas produziram efeitos diversos, relacionados com o modo como as identidades étnico-raciais se constituíram nas duas cidades. [Este artigo resulta de reflexões conjuntas relacionadas com nossas pesquisas de doutorado, financiadas pela Fapesp (Processos n. 16/ 26239-8 e 16/02062-1), e com o pós-doutorado realizado no Lemann Center for Brazilian Studies da University of Illinois pela autora. Agradecemos a essas instituições os financiamentos dos projetos.] PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p146-164
- Veríssimo, crítico do simbolismo (1899-1901)
Authors: Alvaro Santos Simões Junior Pages: 165 - 175 Abstract: De 1899 a 1901, José Veríssimo atuou como crítico literário titular dos periódicos Jornal do Commercio e Correio da Manhã, ambos do Rio de Janeiro. Escrevendo resenhas alentadas sobre os lançamentos literários da virada de século, Veríssimo teve oportunidade de apreciar livros de poesia simbolista publicados por discípulos ou admiradores de Cruz e Sousa. A análise de suas resenhas de livros simbolistas pretende demonstrar sumariamente que o crítico paraense aproveitava essas oportunidades para avaliar direta ou indiretamente a obra do poeta negro.
PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p165-175
- Watú não está morto!
Authors: Fabrício Reiner de Andrade Pages: 177 - 190 Abstract: O presente artigo tem por objetivo apresentar as obras de 11 artistas brasileiros contemporâneos que fizeram parte da mostra Watú não está morto!, apresentada no IEB/USP em 2022, na qual foram abordadas questões gerais da atualidade, a exemplo de gênero e de raça, a destruição das florestas e de seus povos, a crescente dependência do indivíduo contemporâneo em relação à tecnologia, além do lugar do Brasil no plano global de desenvolvimento. Não obstante esse panorama, foram também discutidos temas como apagamento da produção intelectual de mulheres, negros, lgbtqiapn+, indígenas e periféricos. A exposição, assim como o artigo, visa demonstrar, a partir da diversidade de posições, lugares de origem e afirmações de gênero não binário, como o Brasil está permanentemente em xeque por conta da violência, da injustiça social, do apagamento da memória coletiva, da destruição da natureza e do cerceamento da maioria do povo às riquezas tão prometidas pelos mandatários de todos os tempos. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p177-190
- As fotografias de Mário de Andrade com o robe de chambre
Authors: Carolina Casarin Pages: 192 - 210 Abstract: O artigo apresenta uma análise das fotografias de Mário de Andrade vestido com o robe de chambre em casa. Guardado no Arquivo do IEB, o “Lote Mário de Andrade em casa” tem nove documentos fotográficos que retratam o autor de Pauliceia desvairada com o robe de chambre em casa, sempre em ação. Nas cenas fotografadas, o intelectual está cercado de obras de arte, livros, objetos de estudo e trabalho. Ao repassar as publicações por onde essas fotos circularam, pretendi analisar os regimes de visibilidade da imagem do escritor projetada por Mário de Andrade nessas fotografias, e a política da pose no sentido de afirmação do lugar do intelectual. Trata-se de uma pesquisa incipiente, a ser desenvolvida no âmbito do programa de pós-doutorado do Instituto de Estudos Brasileiros da USP. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p192-210
- Aprendendo a viver: Diários, 1935-1936, de Eunice Penna Kehl
Authors: Mariana Diniz Mendes Pages: 212 - 219 Abstract: Diários, 1935-1936 reúne a escrita inaugural de Eunice Penna Kehl (1901-1980), uma mulher culta, de classe média, que registrou seu dia a dia entre 1935 e 1970, em 14 cadernos. Publicados na íntegra, os dois primeiros volumes trazem as anotações da diarista sobre a vida familiar, social e a rotina doméstica, quando morava com o marido e os filhos no Rio de Janeiro. O trauma vivido por Eunice com a morte do primogênito, causada por uma septicemia, em outubro de 1935, marca os diários em antes e depois. A resenha discute essa mudança e a prática do diário sob a perspectiva foucaultiana do exercício de si. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i83p212-219
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