Authors:Tânia Celestino de Macedo Pages: 1 - 5 Abstract: Este número da Revista África encerra um ciclo da publicação editada pelo Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo desde 1978. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p1-5
Authors:Tânia Celestino de Macedo Pages: 6 - 7 Abstract: Informações sobre o escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah, agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura em 2022. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p6-7
Authors:Kabengele Munanga Pages: 8 - 15 Abstract: Palavras proferidas pelo Professor Kabengele Munanga na cerminonia de concessão ao título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 25 de maio de 2021. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p8-15
Authors:Kazadi Wa Mukuna Pages: 20 - 38 Abstract: This article reveals the concept of music encapsulated in the 18th century Enlightenment definition of music that failed to recognize the existence of expressions outside Europe. In 1964, the American anthropologist Alan Merriam (1923-1980), provided a broad-based definition of music according to the substance of Franz Boas’ theory of “Cultural Relativism”, which empowers individual communities to define music within the frame of reference of their own cultural context. In the present article, I argue that there are three types of harmony in the music of the Democratic Republic of Congo reflected in: 1) The linear harmony encapsulated in Ensemble Thematic Cycle (ETC) of traditional music interpreted by drum ensembles, 2) The homophonic harmony of Western genre implemented in chord progressions by urban bands composed of a variety of musical instruments, 3) The parallel harmony of vocal singing as linguistically imposed to maintain the communicative significance of the message in lyrics PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p20-38
Authors:Francisco Carlos Guerra de Mendonça Júnior Pages: 39 - 60 Abstract: A música teve papel fundamental na luta anticolonial em Angola, desde o surgimento do grupo Ngola Ritmos na década de 1940, que expandia os ideais nacionalistas. Durante as décadas seguintes, vários grupos surgiram, cantando em prol dos movimentos de libertação. A música de cunho político, no entanto, passou a ser silenciada, após uma chacina ocorrida em 27 de maio de 1977, em que três músicos populares estiveram entre as milhares de vítimas. Após o fato, só existiram canções de cunho político gravadas por angolanos na diáspora. O retorno das músicas politizadas, produzidas no país, se dá na década de 1990, com o surgimento do rap. Atualmente, vários rappers denunciam o regime do MPLA e alguns participam de manifestações de rua. Essas ações já resultaram em várias prisões a rappers. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p39-60
Authors:Olabiyi Babalola Joseph Yai Pages: 61 - 76 Abstract: O tema desta conferência é muito importante e original. Mas antes de mais nada, e por lealdade à África, parece-me que, além deste tema, devemos começar por nos questionar sobre a filosofia e a ética do discurso na África. E é esta ética milenar africana que hoje, é uma questão de reabilitar e restaurar sobre qualquer discurso sobre a África PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p61-76
Authors:Olabiyi Babalola Joseph Yai Pages: 77 - 85 Abstract: Infelizmente, as instituições acadêmicas africanas não correspondem às necessidades e interesses da África. Por cinquenta anos ou mais, “pensamos com a cabeça de outras pessoas” e falhamos, como regra. Se hoje sentimos que “chegou a hora para nós” (Césaire), teremos que pensar numa nova abordagem da Universidade, por nós mesmos. E mais particularmente nas ciências sociais e humanas, esta abordagem deve favorecer a articulação de “influxo” e “influxo”. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p77-85
Authors:Armindo Saúl Atelela Ngunga Pages: 86 - 108 Abstract: O estudo das línguas moçambicanas tem conhecido melhores tempos nas últimas décadas como resultado do que se pode chamar crescimento da consciência dos moçambicanos sobre a necessidade de construir uma nação forte, próspera e desenvolvida, o que só é possível numa sociedade democrática onde cada ator está consciente do seu papel no processo de desenvolvimento. A decisão sobre a introdução das línguas no ensino básico em Moçambique, através do modelo de ensino bilingue, fundamentada na necessidade de remoção de um dos mais importantes obstáculos do sucesso escolar, marcou um dos momentos mais importantes de rutura entre a visão nacionista (Fishman 1968) da política linguística moçambicana adotada nos primeiros tempos da independência e a visão nacionalista (Fishman op. cit.) e democrática onde a contribuição de cada moçambicano na construção de estado de direito é valorizada. Este triunfo de visão nacionalista sobre a visão nacionista coloca aos moçambicanos, sobretudo aos linguistas, para começar, grandes desafios. Com efeito, ao mesmo tempo que a referida decisão veio estimular a investigação tanto através de estudos visando analisar o impacto da decisão política de introdução das línguas no ensino (Moisés 2011, Ngunga et al. 2010) na educação em geral como da descrição da gramática das línguas visando municiar os professores, alunos e técnicos de educação de conhecimentos sobre a estrutura e o funcionamento destas línguas (NGUNGA 2002, NGUNGA e SIMBINE 2012, LANGA 2012, MACALANE 2012). A presente comunicação apresenta o estado atual da investigação das línguas africanas em Moçambique à luz dos desenvolvimentos mais recentes da situação sociopolítica do país. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p86-108
Authors:Fábio Rubens da Rocha Leite Pages: 109 - 122 Abstract: O texto, a partir da problematização da ocupação do espaço entre os Senufo, conjunto de povos da África Ocidental, discute a fundação da aldeia e o conjunto de crenças envolvidas nesse processo e na posterior ocupação e disposição espacial da mesma. Ao efetuar uma reflexão sobre esses fenômenos, focaliza também a estrutura de parentesco e a matrilinearidade entre aqueles povos. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p109-122
Authors:Jacques Delpechin Pages: 123 - 141 Abstract: O objetivo deste texto é avaliar o impacto do trabalho de Jan Vansina e Cheikh Anta Diop sobre como a história da África foi construída desde 1960. Este é apenas o começo de um projeto mais longo relacionado ao enquadramento da “história” pensada como “História Africana”. A estrutura intelectual (ou ponto de partida) do ensaio é fornecida pelo chamado de Fanon às armas em sua conclusão para The Wretched of The Earth (Os condenados da terra). Seu chamado às armas não foi violência, pela violência. Foi um apelo a “parar de homenagear a Europa”. Em nome da humanidade, ele clamou pelo afastamento da imitação. A compreensão de Fanon sobre a África não veio de um estudo e / ou compreensão da psiquiatria africana. Já a história africana, vista por Jan Vansina e seus alunos, foi construída na forma de “pagar homenagem à [altruísta - jd] Europa”, como se não houvesse outra forma de entender a história africana senão através das lentes intelectuais e teóricas emprestadas da história intelectual europeia. Isso pode ser visto olhando para o trabalho de duas grandes figuras: Jan Vansina, por um lado, e, por outro lado, Cheikh Anta Diop. O título deste ensaio foi inspirado no título do último livro de Vansina: Being Colonized (2010) (Sendo colonizado) que fornece pistas de como ele entendeu a colonização por meio de suas próprias pesquisas entre os Bakuba. Usando dados de pesquisa que foram coletados na década de 1950 (durante o domínio colonial belga), Vansina assume que sua familiaridade com os Bakuba o coloca em posição privilegiada para entender a colonização a partir de sua perspectiva. Isso não é diferente da perspectiva dos missionários e / ou de bom coração dos Europeus que, como Fanon apontou, falam sobre a humanidade enquanto a abatem onde quer que a encontrem. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p123-141
Authors:Marina Bueno de Carvalho Pages: 142 - 152 Abstract: O objetivo deste artigo é apresentar dois romances cuja temática comum é a poligamia. Ambos foram escritos por mulheres africanas de países diferentes e em diferentes épocas: Mariama Bâ, no Senegal e Paulina Chiziane, em Moçambique. Une si longue lettre, de Mariama Bâ, foi publicado pela primeira vez em 1979 e é inédito em Português. Niketche: uma história de poligamia, de Paulina Chiziane, foi publicado pela primeira vez em 2002. O objetivo desta análise será colocar em relevo a continuidade temática dos dois romances. De fato, ambos os textos têm por foco mulheres que vivem a poligamia em diferentes países africanos e sob diferentes formações culturais. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p142-152
Authors:Georges Nzongola-Ntalaja Pages: 156 - 176 Abstract: Desde as independências africanas, várias teorias foram formuladas sobre os desafios do desenvolvimento na África e as formas mais adequadas de erradicar a pobreza e melhorar o padrão de vida das massas populares. Apesar de suas encarnações múltiplas, duas correntes teóricas contraditórias continuam a animar o debate sobre o assunto. Uma é a corrente hegemônica defendida pelos países ocidentais e pelas instituições financeiras internacionais sob seu controle, e a contra-corrente levada a efeito pelos progressistas hegemônicos africanos. Que lições podemos tirar dessas duas abordagens contraditórias para os desafios do desenvolvimento na África' PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p156-176
Authors:Mohamed Bahdon Abdillahi Pages: 177 - 219 Abstract: Desde 1992, o modelo de políticas de mudanças tomadas pelas autoridades de Djibouti não levaram a uma mudança no poder. A introdução da competição eleitoral ou o desenvolvimento de uma Comissão Eleitoral Nacional Independente em 2002, elevou ao surgimento de um sistema politico onde a oposição não tem um status. As reformas constitucionais posteriores, especialmente, a remoção da norma limitando o mandato presidencial em 2010 têm fortalecido o poder do presidente mais do que uma evolução política, teve seus primeiros membros nas últimas eleições parlamentares, em fevereiro de 2013. No entanto, a situação socio-econômica mudou drasticamente como aumento do investimento estrangeiro de países asiáticos e do mundo árabe, tranformando o Porto de Djibouti um pólo regional. PubDate: 2021-02-02 DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i42p177-219