Authors:Antonio Carlos dos Santos, Henrique Batista e Silva Pages: 15 - 47 Abstract: O objetivo deste texto é investigar um aspecto pouco conhecido da obra de John Locke: a relação entre a filosofia e a sua prática médica. Este tema se justifica porque a sua concepção filosófica é largamente conhecida, mas seus estudos na área de medicina são, no Brasil, praticamente ignorados. Para levarmos a cabo tal tarefa, o artigo está dividido em três partes: na primeira, abordaremos o debate em torno da prática médica inglesa no século xvii; na segunda, o pendor de Locke pela medicina e, finalmente, na terceira, a prática médica de Locke. Esperamos que o presente texto possa colaborar com o avanço de pesquisas sobre John Locke no Brasil, especialmente na sua relação com a medicina. PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.185478
Authors:Rodrigo Hayasi Pinto Pages: 49 - 86 Abstract: O presente artigo tem como objetivo principal demonstrar que o pensamento do filósofo francês Blaise Pascal nunca esteve alheio às principais discussões metafísicas do século XVII. A discussão que será explorada aqui está relacionada com a questão do infinito, abordada com ênfase pelos autores desse período. Com esse objetivo em mente, tentar-se-á construir uma argumentação sobre a questão do infinito no âmbito da metafísica a partir de dois filósofos do século XVII: Blaise Pascal e Baruch Espinosa. Tentaremos mostrar que a reflexão filosófica de Pascal, por um lado, se assemelha à de Espinosa quando assume que Deus deve ser concebido como absolutamente infinito, acima de qualquer gênero específico de infinitude, seja matemático ou espacial, mas se afasta do filósofo holandês, quando Pascal assume a impossibilidade de o homem compreender o infinito em termos absolutos por intermédio da racionalidade. PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.174740
Authors:Antônio David Pages: 87 - 133 Abstract: Foco de intensa discussão entre os comentadores de Espinosa, o inacabado capítulo XI do Tratado Político apresenta o que parecem ser as razões da exclusão das mulheres na democracia. Contrapondo-nos a essa leitura, procuramos mostrar a presença do contradiscurso na passagem em questão. Ao cabo, mostramos que o problema em questão permite vislumbrar de que maneira articulam-se as noções de mito e história em Espinosa. PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.186585
Authors:CLEITON MUNCHOW Pages: 135 - 160 Abstract: Objetivamos investigar a relação entre o pensamento de Espinosa e o de Preciado a partir do uso que o segundo faz, ao longo de sua obra, da filosofia do primeiro. O objetivo geral ramifica-se na investigação dos conceitos colocados em operação no processo de ativação conceitual empreendido por Preciado. Potência de agir ou força de existir, multidão, servidão e liberdade são os conceitos espinosanos nominalmente invocados por Preciado para pensar Potentia gaudendi ou Força orgásmica, a multidão dos anormais, a servidão e a liberdade na era farmacopornográfica. Desejamos fazer um mapa analítico destes conceitos para entendermos o modo como o pensamento de Espinosa ganha nova luz numa perspectiva queer, que é a de Preciado. PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.182683
Authors:Paulo Borges de Santana Júnior Pages: 161 - 189 Abstract: O presente artigo visa ressaltar, a partir de dois autores franceses do fim do século XVII (Baillet e Bayle), como o próprio mundo erudito utiliza a prática da crítica para representar um aspecto polêmico do saber associado à difusão dos livros para um público cada vez mais largo. Essa característica do saber junto com essa nova condição social (o aumento da prática da leitura) cria uma demanda especificamente moderna que associa a liberdade de pensamento não apenas ao pensamento privado (ou talvez à liberdade de crença), mas em especial ao exercício da escrita e ao acesso aos livros dos mais diversos teores. Em contrapartida, essa nova disposição da República das Letras desperta entre os próprios críticos interrogações a respeito dos limites ou de critérios reguladores da crítica. PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.174231
Authors:Abel dos Santos Beserra Pages: 191 - 219 Abstract: O presente artigo procura desvelar como Pascal e a abordagem psicanalítica, em sua vertente freudiana e lacaniana, pensaram a experiência de um ser humano finito diante de uma situação paradoxal. Com efeito, as propostas da psicanálise e de Pascal, embora separadas por mais ou menos dois séculos, apresentam pontos comuns que talvez ajudem a elucidar suas próprias posições. Nesse cenário, a hipótese que discutimos a seguir é a de que tanto Pascal quanto a psicanálise tecem suas categorias a partir de uma observação atenta do comportamento do homem que procura compreender o porquê de uma constante sensação de vazio marcar a experiência humana. Assim, nossa investigação será realizada por meio, de um lado, do cotejo dos conceitos pascalianos de divertissement e de graça com, de outro lado, as ideias metapsicológicas de das Ding, de representação, de pulsão e de fantasia da psicanálise. PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.182918
Authors:Mariana Dias Pinheiro Santos Pages: 221 - 256 Abstract: O objetivo deste trabalho consiste em apresentar algumas mudanças promovidas por Hobbes entre Elementos da Lei e as edições inglesas de Leviatã e De Corpore no que diz respeito à sua teoria da linguagem. Sustenta-se que não é possível conceber uma unidade entre todas as obras supracitadas e que De Corpore contém a versão final da teoria da linguagem hobbesiana; e sugere-se que as alterações promovidas se devem, ao menos em parte, às críticas que Descartes promove nas respostas às Terceiras Objeções e à adoção, a partir de 1651, da geometria, enquanto método, na teoria da linguagem. PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.184093
Authors:William de Jesus Teixeira Pages: 257 - 283 Abstract: Henricus Regius ou Henri LeRoy, outrora amigo e divulgador da filosofia de Descartes, agora escrevendo como adversário de seu antigo mestre, publica em Utrecht um panfleto anônimo sobre a natureza da mente humana. No intuito de evitar que as teses apresentadas por seu ex-discípulo fossem tomadas como suas, Descartes decide, então, refutar as opiniões defendidas no panfleto de Regius. É precisamente o texto produzido por Descartes nessa ocasião que é traduzido a seguir. Esse texto, aparentemente impresso sem o consentimento de seu autor em dezembro de 1647, marca o ponto final da relação entre o filósofo francês e o professor de medicina. O texto latino aqui traduzido foi extraído da edição realizada por Charles Adam e Paul Tannery das Oeuvres complètes de Descartes, Paris, Vrin, tomo VIII, pp. 341-369. PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.193837
Authors:Marilena de Souza Chaui Pages: 285 - 286 Abstract: Resenha do livro Conflito e resistência na filosofia política de Espinosa, de Daniel Santos da Silva PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.192274
Authors:Ericka Marie Itokazu Pages: 289 - 292 Abstract: Resenha do livro "A ciência das conexões singulares", de Vittorio Morfino PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.193850
Authors:Daniel Santos da Silva Pages: 301 - 302 Abstract: Resenha do livro Indivíduo e Comunidade em Spinoza, de Alexandre Matheron PubDate: 2021-12-30 DOI: 10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.191530