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Griot : Revista de Filosofia
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ISSN (Online) 2178-1036
Published by Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Homepage  [2 journals]
  • O “platonismo” matemático de Platão

    • Authors: Rodrigo Ferreira
      Pages: 1 - 10
      Abstract: Diversos filósofos e matemáticos contemporâneos admitem que existe uma vertente da filosofia matemática denominada “Platonismo”, segundo a qual, em síntese, os entes matemáticos – números, pontos, retas, planos, etc. – são coisas que existem no mundo independentemente de nós. Na literatura especializada é recorrente a compreensão de que essa tese filosófica tem origem na teoria das formas de Platão. Entretanto, a assertiva de que os entes matemáticos existem em si mesmos não é encontrada na filosofia desse filósofo ateniense, observada a passagem 509d, e seguintes, do seu diálogo A República. Na verdade, segundo o pensamento matemático de Platão os entes matemáticos possuem um valor intermediário, como mostramos nas seções a seguir ao “reconstruirmos” o seu raciocínio da “linha dividida”, segundo os trechos da República: (1) Livro V: 477a-b, 477e, 478b, 478c, 478d; (2) Livro VI: 509d-e, 510a, 510b, 510c-d, 510e, 511a, 511 a-b, 511d, 511e; (3) Livro VII: 533 b-c, 534a.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3411
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Hannah Arendt e a educação dos recém-chegados

    • Authors: João Pedro Andrade de Campos
      Pages: 11 - 19
      Abstract: Neste artigo, buscaremos refletir sobre como Hannah Arendt concebe um certo tipo de educação ao mesmo tempo conservadora e revolucionária. Este será, assim como a indicação de que pensar sobre a questão educacional das crianças e jovens diz respeito a uma crise mais geral na modernidade, um ponto de tensionamento rumo à hipótese segundo a qual é possível refletir sobre como inserir os imigrantes, refugiados ou apátridas em um local ao qual se dirigiram e que lhes é estranho. Para tanto, o fio condutor desta argumentação será o conceito de natalidade, pois consideramos ser a partir dele que Arendt evoca a radicalidade da qual todos os seres humanos são portadores, isto é, a potencialidade de começar algo novo. Assim, articulam-se os tensionamentos entre conservar um mundo que é precedente aos que lhe são recém-chegados, tanto as crianças como os migrantes, ao mesmo tempo em que estes adicionam algo de si mesmo neste mundo para os que ainda estão por vir.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3410
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Walter Benjamin platónico: la “forma de la exposición” en el
           “prólogo epistemocrítico” y la dialéctica platónica

    • Authors: Raimundo Fernández Mouján
      Pages: 20 - 42
      Abstract: Cuando Walter Benjamin desarrolla en el “Prólogo epistemocrítico” de El origen del Trauerspiel alemán la más extensa de las presentaciones de su teoría del conocimiento (así como la única publicada en vida), lo hace a partir de una explícita reinterpretación de la filosofía platónica, en particular de su “doctrina de las ideas”. Este artículo se propone investigar las afinidades entre el prólogo de Benjamin y la filosofía platónica, poniendo especial énfasis en las relaciones entre los desarrollos metodológicos de ambos autores, es decir entre la “forma de la exposición” de Benjamin y la dialéctica de Platón. A partir de explorar estas relaciones, se busca poner de relieve una visión de la filosofía que ambos autores comparten, y de la que se quiere señalar la originalidad, potencia y actualidad.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3483
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Teoria crítica e evolução social (i): sobre a origem e relevância do
           conceito de aprendizagem social na obra habermasiana da década de 1970

    • Authors: Wescley Fernandes Araujo Freire
      Pages: 43 - 65
      Abstract: O presente artigo tem como objetivo principal apresentar a origem e relevância teórica do conceito de aprendizagem social para o modelo habermasiano de Teoria Crítica, inicialmente a partir da obra Problemas de legitimação no capitalismo tardio (1973), assumido como categoria articuladora do liame entre a teoria da evolução social e a teoria da sociedade desenvolvidas pelo autor na obra Para a reconstrução do materialismo histórico (1976). Partindo da introdução do conceito científico-social de crise, Habermas esboça os pressupostos da teoria da evolução social ancorada na aprendizagem social, que articula os conceitos de lógica de desenvolvimento e dinâmica do desenvolvimento para explicar a emergência dos princípios de organização que, por sua vez, determinam os limites da capacidade de aprendizagem de uma sociedade, especialmente do ponto de vista do surgimento de novas estruturas normativas, representando um momento decisivo da integração social pós-convencional. Fundamentalmente, discuto o problema da institucionalização dos processos de aprendizagem nas sociedades do capitalismo tardio, onde prevalecem os imperativos sistêmicos da burocracia e da economia reguladores da complexidade do sistema social, cuja consequência consiste na dificuldade de conceber a esfera pública como lugar da aprendizagem social orientada pelo procedimento discursivo de fundamentação normativa tradutora de interesses generalizáveis. Em Problemas de legitimação no capitalismo tardio, Habermas não apenas articula pela primeira vez os conceitos de sistema e mundo da vida, mas igualmente principia as críticas à tese fundamental e o argumento central vinculados à reconstrução do materialismo histórico como teoria da evolução social em Para a reconstrução do materialismo histórico.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3487
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • A sociedade da informação e o niilismo do século XXI

    • Authors: Gabriel Bonesi Ferreira
      Pages: 66 - 78
      Abstract: Byung-Chul Han escreve sobre uma nova forma de niilismo que emerge principalmente a partir do século XXI na sociedade da informação. A partir disso, analiso como esse niilismo decorre da eliminação da verdade como critério orientativo individual e coletivo. Para Han, isso decorreria da emergência da informação como o novo critério de conhecimento, que se impõe como um dispositivo da sociedade atual por meio de sua grande produtibilidade rápida e quantitativa, voltada à aceleração, produção e exploração. Desse modo, as informações passam a assumir o lugar da verdade como narratividade, além de eliminar a diferença entre verdade e mentira, o que tem como principal consequência o abandono de modelos orientativos. Neste artigo, proponho apresentar as características do niilismo da sociedade da informação e classificá-lo, com base em referenciais teóricos de Deleuze sobre tema, como um niilismo ativo, posto que ao passo que nega os modelos de verdade conhecidos e existentes, tem uma postura e ação propositiva na produção de um novo modelo individual e social baseado no poder de afirmar.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3423
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • O critério empregado pelo sentido comum na função de unificação,
           segundo Tomás de Aquino

    • Authors: Felipe de Souza Terra
      Pages: 79 - 92
      Abstract: Neste artigo, pretendemos explorar a teoria que Tomás de Aquino desenvolve para explicar o funcionamento da percepção humana. São introduzidas, nessa teoria, as operações realizadas pelo sentido comum, dentre elas, a função de unificação das múltiplas informações que são recebidas a partir dos sentidos externos. Será abordado, precisamente, o seguinte problema: que tipo de critério é mobilizado pelo sentido comum no processo de unificação dessas múltiplas informações' A fim de identificar a resposta a esse problema, tomamos como ponto de partida a investigação sobre os tipos de informações que são apreendidas pelos sentidos externos. Pretendemos mostrar que essas informações se reduzem a dois tipos básicos: informações a respeito das qualidades e da quantidade das coisas ao nosso redor. Na sequência, investigaremos como Tomás de Aquino caracteriza a operação de unificação, principalmente através da capacidade de percepção simultânea das múltiplas informações. Por fim, procuraremos reconstruir o critério da operação de unificação através da tese tomística de que as informações relativas à quantidade das coisas são apreendidas como sujeitos das qualidades. Nessa medida, a unificação das qualidades percebidas pode ser feita em função da identificação do sujeito comum a todas essas qualidades.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3429
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Transepistemes devinientes de las rupturas asignificantes: decolonialidad
           planetaria-complejidad

    • Authors: Milagros Elena Rodríguez
      Pages: 93 - 105
      Abstract: Asumiendo que la decolonialidad planetaria es apodíctica de la complejidad y de la transdisciplinariedad, bajo rupturas asignificantes, en  condiciones abiertas para conformar al ser humano a pensar complejamente, sustentamos transepistemes devinientes de las rupturas asignificantes de la decolonialidad planetaria-complejidad como objetivo complejo de indagación; en las líneas de investigación: educación-transepistemologías transcomplejas, Decolonialidad planetaria-complejidad en re-ligaje y transepistemologías de los conocimientos-saberes y transmetodologías transcomplejas. Lo realizamos con el transmétodo la hermenéutica comprensiva, ecosófica y diatópica; en los momentos analíticos, empíricos y propositivos. En el momento propositivo los transepistemes decoloniales planetarios – complejos van desmitificando des-ligando los epistemes fijos con pretendidas y vendidas aseveraciones hacia el colonizador. Los transepistemes por su esencia decolonial planetaria ponen en igual grado de importancia todos los saberes ancestrales, y desde el patrimonio histórico de las civilizaciones aportan al conocer desde transmetodologías otras, abiertas, inclusivas; transdisciplinares fuera de los impositores de la destrucción de la naturaleza en una falsa conquista; por ello salvaguardar los saberes ancestrales como transepistemes ricos en amor por la humanidad es aceptar que somos naturaleza en la Tierra como patria. Transepistemes transdisciplinares como ejercicios de liberación, conocedores y promotores de la complejidad de la vida; es una esencia característica de los transepistemes que nos incitan a una nueva civilización de hacer ciencia, de conocer rompiendo las fronteras de las ciencias.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3610
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Os desafios da fundamentação metafísica cartesiana da
           ciência

    • Authors: Luis Fernando Biasoli
      Pages: 106 - 119
      Abstract: A epistemologia cartesiana se insere num ousado projeto de superar as teorias do conhecimento antigo-medievais. As Medições Metafísicas, obra de Descartes, escrita em 1641, é o principal marco teórico da radical e inovadora ruptura filosófica empreendida neste período que tem grandes reflexos nos séculos seguintes. Quais os principais desafios teóricos enfrentados pelo cartesianismo, para solidificar e consolidar a Modernidade filosófica em bases científicas, por meio dos critérios da clareza e da distinção' Essa questão guia o presente artigo que, por meio de uma revisão bibliográfica, seguindo o método de análise crítico-investigativo, via releituras e interpretações de renomados comentaristas busca pôr em evidência os principais pontos para a fundamentação metafísica cartesiana da ciência. Os textos cartesianos concernentes à temática em tela de juízo crítico são escrutinados e revistos, buscando-se salientar seu ineditismo na história da filosofia Ocidental ao contrapô-los com as teorias da epistemologia e da teologia herdadas da tradição. O ideal de ciência cartesiano funda-se na indubitabilidade como critério último de certeza e supera as formas de ceticismo anteriores da história com impactos em todos os campos do saber humano. Conclui-se, cientes dos limites da presente investigação, que o pensamento cartesiano centra-se na primazia do pensamento e das ideias sobre os dados de origem sensível, para fundamentar sua visão de mundo e sua justificação da verdade, tendo, ainda, o conhecimento certo e verdadeiro da ideia de Deus como sustentáculo epistemológico das verdades, contudo, não mais o Deus da metafísica antigo-medieval.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3436
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Tristeza, cólera e a questão da empatia pelos vencedores: Walter
           Benjamin e a escrita disruptiva da história

    • Authors: Luciano Gomes Brazil
      Pages: 120 - 130
      Abstract: Neste artigo estudo uma disposição afetiva abordada por Walter Benjamin nas Teses sobre o conceito de história, mais precisamente, estudo a empatia (Einfühlung). Este afeto estaria presente no tipo de historiografia rejeitada pelo autor, uma vez que ela seria a “empatia pelos vencedores”. Trabalho no presente estudo com uma hipótese “ou-ou”. Benjamin diferencia dois tipos de escrita da história, a inautêntica e a autêntica: ou bem o historiógrafo parte do horror (Grauen) inerente aos acontecimentos históricos, ou bem ele elege certos passados e sente empatia (Einfühlung) pelos espólios da transmissão cultural. Também em outros escritos de Benjamin encontramos uma atribuição pejorativa à empatia, e a razão para tal, sugerimos, é a de que o historiador deve “fazer explodir” a linha de continuidade da história, enfatizando, em vez de um afeto conciliador ou mesmo apaziguador e conformista, o afeto colérico com relação aos acontecimentos opressores e, portanto, um aspecto “destrutivo”, “disruptivo” da história.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3441
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Freud e a ética do fragmento

    • Authors: Pedro Fernandez de Souza
      Pages: 131 - 146
      Abstract: O tema do fragmento e do que é fragmentário perpassa a obra de Freud: pedaços de memórias, vestígios do passado, retalhos de textos são alguns dos elementos que figuram em sua prática empírica e em seu afazer teórico. Não somente o passado reaparece, no presente, por meio de fragmentos, mas também a verdade ou o significado (de um sonho, de um sintoma) pode emergir, na atividade interpretativa e terapêutica, em estado fragmentário. Neste texto, buscamos compreender o papel do fragmento dentro da teoria freudiana; para tanto, focamos nossa atenção no caso do Homem dos Lobos, no qual os fragmentos marcam presença de forma maciça. Nota-se que eles atuam em três dimensões distintas e complementares: a) no próprio conteúdo da neurose analisada; b) no decorrer do tratamento analítico, ou melhor, no método freudiano; c) na redação do caso clínico, isto é, na passagem do tratamento para o campo das palavras escritas. Estudando as relações entre esses três campos, vê-se emergir uma ética do fragmento freudiana, na qual nós, enquanto leitores, estamos sempre implicados.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3443
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • A quantidade pura, o ser que suprassume em unidade, pluralidade e
           continuidade: a luta contra a ameaça do estranhamento

    • Authors: Adilson Feiler
      Pages: 147 - 155
      Abstract: A categoria de Quantidade, em Hegel, é desenvolvida de tal modo a auxiliar na caracterização daquilo que se compreende por ser. Para além da liquidez, fechamento e inflexibilidade, típica de uma compreensão limitada a uma exclusividade unívoca e finalista, o ser se apresenta mediante novos desdobramentos, que lhe confere abertura. A flexibilidade, que assim caracteriza o ser, tem, na quebra da rigidez da univocidade, na interrupção do exclusivismo imediatista e no impedimento da descontinuidade finalista, o estatuto de ser para si suprassumido como Quantidade. Como uni, pluri e contínua, é uma grandeza que descreve os unos para além de uma mera representação superficial. Em que medida é possível conceber o ser, pelo ultrapassamento da mera faculdade de compreensão de substância no entendimento, como Quantidade una, plural e contínua'
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3454
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • A carga horária do ensino de filosofia no novo ensino médio

    • Authors: Adelino Francklin
      Pages: 156 - 166
      Abstract: A Lei nº 13.415/17, que instituiu o Novo Ensino Médio, classifica a Filosofia como estudos e práticas. Tal redação provoca a seguinte indagação: A Filosofia está presente ou não na Formação Geral Básica como disciplina nas matrizes curriculares elaboradas pelas 27 Secretarias Estaduais de Educação' O objetivo geral da pesquisa é analisar o quantitativo de aulas semanais de Filosofia no Novo Ensino Médio nos diferentes estados brasileiros, levando em consideração o ensino nas Redes Públicas Estaduais de Ensino. Assume relevância pelo fato de que há uma necessidade de despertar na comunidade filosófica um movimento de luta pela mudança da redação do texto da Lei nº 13.415/17 de estudos e práticas para disciplina. A pesquisa é bibliográfica, documental e com abordagem qualitativa. Além das fontes bibliográficas atualizadas e do referencial teórico na área de ensino de Filosofia, foram consultadas as leis federais e documentos normativos que se relacionam com a temática. Para o levantamento de dados, foi consultado o site do Observatório Movimento pela Base, que conta com informações sobre a implementação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular, a exemplo das matrizes curriculares. Constatou-se que o terceiro ano do Novo Ensino Médio, que possivelmente será implementado no ano de 2024, é o que possui menor carga horária da disciplina de Filosofia semanalmente. No geral, a carga horária da disciplina de Filosofia foi reduzida em 13 estados, nas redes públicas estaduais de ensino.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3462
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Contribuições de Cioran ao pensamento antidogmático

    • Authors: Rui Prates
      Pages: 167 - 182
      Abstract: A obra do filósofo romeno Emil Cioran oferece importantes desafios aos seus investigadores, graças, entre outras coisas, ao seu modelo assistemático de expressão e sua recusa em definir horizontes teóricos claros. Este fato contribui para a dificuldade de associá-lo seguramente a uma tradição de pensamento. O presente artigo pretende fomentar a discussão de como, mesmo com significativas interdições, Cioran contribuiu para o pensamento antidogmático. Para alcançar esse objetivo exordial, o trabalho propõe-se a (a) investigar as mudanças sofridas pelo filósofo entre as obras de juventude e maturidade; (b) apresentar paulatinamente as características antidogmáticas do pensamento cioraniano; além de (c) identificar as idiossincrasias deste suposto antidogmatismo. A hipótese que subjaz à perscrutação é a de que Cioran teria, através de seu peculiar antidogmatismo, aperfeiçoado um “método” que lhe permitia discutir filosoficamente, ainda que persistindo na “tarefa” assumida de nada propor. A partir deste escopo, considera-se possível esclarecer suficientemente pontos obscuros ou ainda não recepcionados daquela obra.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3465
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • O ser que acontece em Luigi Pareyson

    • Authors: Iris Uribe
      Pages: 183 - 193
      Abstract: O nexo decisivo da teoria da arte em Luigi Pareyson consiste em uma metafísica da criação artística. No texto que propomos aqui, o cerne da questão é o ser que acontece - Acontecer - não significa para Pareyson o Ereignis heideggeriano, mas o acontecer na arte e na pessoa. É na arte, que pode ser entendida a teoria da formatividade onde todo operar humano é uma feitura de formas reunidas na noção de obra-forma. Os aspectos da operatividade humana têm um caráter essencial de formatividade, concretizando-se em um acontecer que resulta em obras. Mas, só fazendo-se forma é que a obra acontece em sua irrepetível realidade; separada de seu autor e adquirindo vida própria, na sua indivisível unidade, abrindo-se à exigência e ao reconhecimento de seu valor singular e irrepetível. Formatividade é produção artística, feitura-invenção-acontecimento até a sua recepção pública. A experiência estética e a experiência concreta caminham de mãos dadas. O artista, ao criar, inventa leis e ritmos totalmente novos, por meio de uma livre escolha sugerida, tanto pela tradição cultural quanto pelo mundo físico, um acontecer cuja decodificação ocorre pela perseverança e dedicação do artista. Infere-se, pois, que o cerne da formatividade é a recorrência direta à experiência. É nesse sentido que ao longo do texto se evidenciará a visão receptiva, inventiva e produtiva, simultaneamente; o acontecer segue a inteireza própria da formação da obra de arte e da ideia de Obra-forma; a feitura-criação da arte e sua inseparabilidade.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3466
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • O estatuto e o papel do intelectual em Benda e Sartre

    • Authors: Renato Belo
      Pages: 194 - 211
      Abstract: Esse artigo pretende explorar os temas do estatuto e da função do intelectual em dois autores significativos para a questão a partir do século XX: Julien Benda e Jean-Paul Sartre. Trata-se de revisitar as noções de autonomia e engajamento, fundamentais para uma compreensão comparativa entre os dois autores. O texto procura caracterizar de forma ampla o tipo de intelectual defendido por Benda no mesmo passo em que procura evidenciar a gênese e as condições de aparecimento do intelectual para Sartre. O Caso Dreyfus, momento histórico de surgimento do intelectual como o conhecemos, é revisitado a fim de estabelecermos um referencial concreto para as posições dos autores em discussão. A partir dos elementos levantados, procura-se argumentar no sentido das divergências entre Benda e Sartre sobre a natureza e o papel do intelectual, mas também propõe-se evidenciar o solo comum em que os dois autores parecem trafegar. O texto, ainda, aponta questões para se pensar o intelectual a partir das novas condições políticas e sociais na contemporaneidade.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3470
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Entre Foucault e Brown: a escrita da história e o papel do intelectual na
           análise dos processos de subjetivação neoliberais

    • Authors: Thiago Fortes Ribas
      Pages: 212 - 222
      Abstract: O artigo propõe uma comparação entre as pesquisas de Michel Foucault e de Wendy Brown a partir das críticas e das complementariedades propostas pela pensadora norte-americana derivadas de sua leitura de Nascimento da biopolítica. Inicialmente, a explicação sobre o modo como Foucault escreve suas pesquisas históricas no contexto da sua crítica ao humanismo tem a função de auxiliar a compreensão das diferenças nos papeis intelectuais adotados. A recusa da história dialética aparece ligada, então, às críticas a figura do intelectual universal supostamente capaz de revelar um destino antropológico. É, justamente, no desenvolvimento de um modo arqueológico e genealógico de fazer história que a análise de processos de subjetivação ganha sentido para Foucault. Assim, a interpretação crítica de Brown é contextualizada em relação a metodologia foucaultiana. Além da leitura de Brown da análise foucaultiana dos processos de subjetivação neoliberais, no desenvolvimento do artigo, são analisados os argumentos próprios da autora sobre os impactos da racionalidade neoliberal nas forças políticas do presente. Por fim, busca-se apontar os ganhos e os perigos das duas perspectivas em relação ao papel intelectual que sustentam.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3490
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • A distinção entre geração e aceitação de teorias científicas: um
           problema para a inferência da melhor explicação

    • Authors: Gabriel Chiarotti Sardi, Marcos Rodrigues da Silva
      Pages: 223 - 234
      Abstract: O argumento da abdução de Charles Peirce, ou raciocínio abdutivo, frequentemente foi identificado na literatura de Filosofia da Ciência com o argumento da inferência da melhor explicação (IBE) de Gilbert Harman. Essa identificação, embora muito comum, foi esclarecida como um equívoco, visto que enquanto a abdução descreve um processo gerativo de teorias, a IBE de Harman trata de um processo seletivo entre alternativas teóricas rivais. Todavia, Peter Lipton, buscando desenvolver IBE, apresentou uma estrutura muito similar à abdução peirciana com a finalidade de oferecer um modelo capaz de descrever tanto os momentos de geração, quanto de seleção de teorias. O objetivo deste artigo é o de mostrar que as duas diferentes concepções de IBE (a de Harman e de Lipton) implicam diferentes concepções sobre a própria noção de aceitação: enquanto Harman deixa a aceitação para uma etapa avaliatória final, Lipton coloca a aceitação no interior do processo de geração de uma produção científica.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3548
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • La máquina de hacer pan: un análisis del conocimiento tácito
           involucrado en el ejercicio de habilidades prácticas y el comportamiento
           de artefactos

    • Authors: Sofia Mondaca
      Pages: 235 - 251
      Abstract: A finales de la década de los ‘80, Matsushita Electric Industrial Co. Ltd. largó a la venta la primera máquina panificadora de uso doméstico. Su lanzamiento gozó de tal éxito, que sociólogos del conocimiento se abocaron a analizar el conocimiento involucrado en su diseño y producción. Para ello, Takeuchi y Nonaka (1995) analizaron detalladamente la noción de conocimiento tácito (POLANYI, 1966/2009). Defendieron que los ingenieros y desarrolladores lograron explicitar y traducir el conocimiento tácito presente en el ejercicio habilidoso del maestro panadero al diseño de la máquina de hacer pan, reproduciendo el mismo resultado práctico. En el presente trabajo, discutiré su interpretación de la noción de conocimiento tácito y defenderé que el conocimiento tácito involucrado en el ejercicio de habilidades prácticas no puede explicitarse y traducirse en el diseño de la máquina de hacer pan sin perder, al menos, una parte sustancial de dichas habilidades. Para ello, me valdré de aportes de la sociología de la ciencia y de la fenomenología para argumentar que el conocimiento tácito involucrado en el ejercicio habilidoso de nuestro maestro panadero depende de una relación de familiaridad con el entorno. Dicha relación es epistémicamente relevante en la medida en que involucra representaciones aspectuales de nuestro entorno, las cuales permiten guiar la acción de nuestro maestro panadero. A diferencia, la máquina de hacer pan no posee tales representaciones y, en consecuencia, no puede implicar, al menos, el mismo tipo de conocimiento tácito como guía de su comportamiento
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3536
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • O negativo do reconhecimento: do progresso ao irreconhecimento do
           progresso

    • Authors: Bruno Vasconcelos
      Pages: 252 - 271
      Abstract: O texto a seguir está dividido em quatro momentos articulados em torno de um diálogo com a teoria do reconhecimento social. No primeiro momento, procuro revisar os textos políticos de Kant com o objetivo de rediscutir alguns conceitos balizadores do que virá a ser a teoria do reconhecimento social. Conceitos como Natureza, sociabilidade insociável, a noção de liberdade em Kant, serão centrais para repensar o berço da teoria do reconhecimento e as justificações teóricas que amarram a utopia da paz perpétua. No segundo movimento, restauro a crítica da primeira geração da Escola de Frankfurt ao idealismo iluminista, centrando as análises na Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer. É central, a compreensão do iluminismo como totalitarismo sistêmico, e, nossa investigação circulará esse ponto teórico recobrindo a obra e o retrospecto da discussão entre teoria crítica e projeto iluminista. No terceiro momento do texto, pontuo os principais elementos da escrita honnethiana, mais especificamente sua releitura dos escritos hegelianos de Jena, demonstrando como a luta por reconhecimento é herdeira das imagens kantianas da razão pura-prática. Finalmente, elaboramos uma interpretação de The End of Progress de Amy Allen, que estabelece sólido terreno crítico à teoria do reconhecimento social, imaginando mecanismos teóricos para o desenlace dos problemas contidos nessa análise já tão celebradas pelas humanidades.
      PubDate: 2023-10-31
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3543
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
  • Wittgenstein e a linguagem religiosa

    • Authors: Christiano Pereira de Almeida
      Pages: 272 - 286
      Abstract: Este artigo tem como objetivo analisar o modo como a linguagem religiosa é tratada por Wittgenstein, recorrendo, para isso, a alguns dos seus escritos que tangenciam esse tema. Inicialmente, será feita a exposição de alguns aspectos importantes de sua filosofia, em especial aqueles que abordam as relações entre linguagem e realidade, seja nos seus escritos iniciais, como no Tractatus Logico-Philosophicus, seja em sua filosofia tardia, que tem as Investigações Filosóficas como sua obra mais emblemática. Após a exposição e a análise do modo como a linguagem religiosa é tratada nos diferentes momentos de sua filosofia, será feita uma avaliação crítica de suas propostas.
      PubDate: 2023-11-02
      DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3611
      Issue No: Vol. 23, No. 3 (2023)
       
 
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