Authors:Paulo Freire Abstract: Trata-se do documento histórico do registro da Carta do Bacharel em Direito de Paulo Freire pela Faculdade de Direito da Universidade de Recife em 10 de setembro de 1949. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41762 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Paulo Freire, Secretaria Municipal de Educação Abstract: Trata-se de um documento histórico da Secretaria Municipal de Educação, sob a Secrataria de Paulo Freire, datado de fevereiro de 1989, em que se publicou o documento "Construindo a Educação Pública Popular", o Regimento Comum das Escolas Municipais da cidade de São Paulo e os Decretos 27.614, de 1º de fevereiro de 1989, e 21.811, de 27 de dezembro de 1985. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41763 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Paulo Freire, Ministério das Relações Exteriores Abstract: Trata-se de diversos documentos históricos que evidenciam o monitoramento de Paulo Freire no exterior durante seu exílio no período da ditadura militar brasileira. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41764 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Serviço Nacional de Informações, Ministério do Exército PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41768 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Serviço Nacional de Informações, Ministério do Exército PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41766 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Ministério da Defesa, Centro de Informações da Aeronáutica - Ministério da Aeronáutica PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41770 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Carlos Rodrigues Brandão Pages: 41 - 54 Abstract: O que importa neste breve escrito são as convergências, as diferenças, as divergências e as oposições em e entre vocações da educação em nossa atualidade. Este será o momento de relembrar que Paulo Freire escreveu Pedagogia do Oprimido como um livro assertivamente “contra”. Enfim, não se trata de apenas buscar melhorar o existente no interior do cultural campo da educação. Trata-se de buscar em e entre territórios em disputa, o lugar de uma nova hegemonia. E, em sua busca do “inédito viável”, a procura de seu horizonte possível. Trata-se de propor outras contra-vocações; estabelecer e afirmar outras pedagogias; ocupar e preservar a territórios libertados para uma educação emancipadora através de outras escolas e outras diferentes instâncias do ensinar-e-aprender. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41772 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Sofia Herrero Rico Pages: 55 - 76 Abstract: Este artigo se propõe a reavaliar as propostas educacionais que emanam da pedagogia de Paulo Freire cem anos após seu nascimento. Ele ressalta que seu legado continua vivo e muitas de suas ideias, reflexões teórico-práticas e experiências educacionais permanecem plenamente atuais, mesmo se apresentando como um desafio para o sistema socioeducativo do século XXI. Freire acalentou uma educação popular, crítica, democrática e transformadora, uma alternativa à educação de sua época que, ele mesmo chamou de “educação bancária”. Essa educação reproduziu diferentes tipos de violência, direta, estrutural e cultural, relações desiguais e de poder e excluiu os grupos mais vulneráveis. Sua proposta capacita pessoas que são educadas para serem agentes de transformação social positiva. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41771 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:David Sánchez Rubio Pages: 77 - 96 Abstract: In this work some of Paulo Freire´s pedagogical contributions are projected to a way of understanding human rights from de instituting and liberation praxis, complementing the statist and legal-positive dimensión with a greter role in the struggles of social movements and the daily empowerment of people in the relational spaces of coexistence and daily life. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41725 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Sonia París Albert Pages: 97 - 114 Abstract: Paulo Freire e sua proposta pedagógica ainda são muito necessários nas sociedades de hoje se queremos promover uma cidadania crítica, ética e criativa, capaz de incentivar engajamento para transformar estruturas sociais injustas por meio de movimentos sociais pacíficos. Por isso, este texto reivindica sua presença no diálogo com a Escola de Filosofia com meninas e meninos com o objetivo de estimular o pensamento crítico, ético e criativo necessário para a transformação social por meios pacíficos desde a mais tenra idade. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.41726 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Ana Carolina Amaral Pontes-Saraiva, Ângela Maria Borges do Nascimento Pages: 115 - 132 Abstract: Pelo fio da narrativa do conflito entre Paulo Freire e feministas estadunidenses sobre a linguagem utilizada pelo primeiro, este trabalho busca acrescer um olhar sobre o caminho escolhido por uma delas, bell hooks, em sua crítica. Sendo leal a sua tese, analisando e admitindo o equívoco de reduzir o impacto da linguagem em sua Pedagogia da esperança após as críticas feministas, Freire passa a usar a linguagem inclusiva. A interlocução preciosa de bell hooks, entretanto, vai além de crítica e conserto. Em sua análise da situação, ela expõe em seu Ensinando a transgredir, com delicadeza, os frutos nascidos pós-crítica. É nosso objetivo observar essa ponte criada em educação para direitos humanos, que considera lutas sociais, gênero, classe, raça e sexualidade na perspectiva interseccional, entre um mestre e uma mestra educando-se mutuamente. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40675 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Michele Guerreiro Ferreira Pages: 133 - 146 Abstract: O presente artigo parte da reflexão sobre a matriz colonial do racismo e das resistências a partir da ressignificação da ideia de “raça” como elemento primordial para as lutas antirracistas. Em seguida, tomamos as contribuições de Paulo Freire (1996) para analisar as exigências indispensáveis à construção de uma práxis educativa antirracista. Percebemos que avançamos significativamente na caminhada rumo a uma sociedade mais justa e igualitária, o que nos faz esperançar que apesar de ainda não termos alcançado nosso objetivo estamos no rumo certo. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40910 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Diego Augusto Diehl Pages: 147 - 168 Abstract: O artigo retrata o histórico de lutas de trabalhadores/as rurais sem terra que, após diversos despejos e da criminalização de alguns de seus militantes, constituíram o acampamento Leonir Orbhak, no município de Santa Helena de Goiás-GO. Com o objetivo de analisar a relação entre a AJP e a comunidade organizada no MST, o artigo destaca o papel pedagógico assumido por apoiadores e pelo NAJUP Josiane Evangelista na construção coletiva da luta pela terra, na mobilização dos direitos humanos enquanto temas geradores, na construção de ferramentas de educação popular para melhor conhecer os opressores e suas estratégias, além de promover uma tradução da linguagem jurídica para a linguagem popular de questões jurídicas complexas que envolvem a luta pela terra naquele contexto. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40686 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Natalia Demes Bezerra Tavares Pereira, Ricardo Pazello Pages: 169 - 198 Abstract: Este ensaio tem por objetivo apresentar a experiência do Grupo Paulo Freire, criado na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, durante os anos 2000. A partir de fontes primárias – como mensagens eletrônicas, relatorias de debates, sistematização de documentos de intervenção estudantil e textos publicados – o relato busca recompor momentos-chave do grupo, relacionando-o a seu contexto, a sua composição e a seus intentos de atuação prática. Para além do relato, o artigo pretende também realizar uma avaliação, à luz de categorias freireanas, das contribuições que a experiência trouxe para se pensar a educação jurídica. A partir de noções como as de consciência transitiva, criticidade, dialogicidade e práxis, pode-se perceber os movimentos de um coletivo de estudantes universitários em um curso de direito rumo a uma educação problematizadora, mas também o potencial da obra de Paulo Freire para a seara jurídica. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40700 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Mariana Trotta Quintans, Fernanda Maria da Costa Vieira , Matheus Nascimento , Ana Claudia Tavares , Viviane Carnevale Pages: 199 - 222 Abstract: O artigo tem como objetivo apresentar as contribuições da extensão universitária e do pensamento de Paulo Freire ao ensino jurídico, com base na experiência do Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular (NAJUP) Luiza Mahin (FND/UFRJ). Compreendendo que é da pedagogia crítica e dialógica que se instaura da relação com o oprimido, que serão possíveis mudanças no padrão hegemônico do campo jurídico. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40692 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Leonardo Dourado Melo, Victor de Oliveira Martins, Renata Alves de Oliveira Barbosa , Natália de Melo Medeiros , Antonio Pedro Casqueiro dos Santos, Ana Lia Vanderlei de Almeida Pages: 223 - 248 Abstract: O presente artigo aborda relações entre educação popular e enfrentamento ao racismo a partir de uma experiência de assessoria jurídica universitária popular. Problematizamos aqui algumas encruzilhadas da educação jurídica popular de base freireana, vivenciadas no acompanhamento do Fórum de Artistas Pretes da Paraíba por parte do Núcleo de Extensão Popular Flor de Mandacaru (UFPB). Do ponto de vista metodológico, empreendemos uma sistematização de experiência a partir de pesquisa-participante. O marco teórico da pesquisa transita no campo de estudos sobre as relações raciais e a crítica antirracista ao direito em diálogo com o aporte freireano que se expressa em alguns estudos sobre assessoria jurídica popular. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40671 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Philippe Oliveira de Almeida, Júlia Ávila Franzoni Pages: 249 - 280 Abstract: O objetivo deste trabalho é descrever práticas de experimentação de repertórios para uma pedagogia situada para o ensino-aprendizagem do direito. Nesse sentido, se dividirá em três partes. Primeiro, abordaremos as tensões entre a lógica da aderência e a lógica da presença no ensino jurídico tradicional, por meio de uma estratégia de recuperação da dimensão corpórea de toda atividade educativa. Em seguida, discutiremos como nossas experiências no Labá e no CERCO vão dando forma-conteúdo a outras imaginações pedagógicas, voltadas aos juristas desembarcados, conscientes dos papeis que a posicionalidade exerce no ensino-aprendizagem. Por fim, avançaremos nas pistas para a caracterização da pedagogia situada no campo jurídico, com a discussão sobre as coalizões teórico-práticas e institucionais que as diferentes estratégias dentro e fora da sala aula (ensino, pesquisa e extensão) abrem. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40885 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Maria do Carmo Luiz Caldas Leite Pages: 281 - 304 Abstract: Com o objetivo de aproximar os pensamentos de José Martí e de Paulo Freire, destacam-se as contribuições ao ideário educativo da América Latina. São arrolados dois aspectos: a) a inserção das obras freiriana e martiana à história das insurgências, que radica na indignação diante das injustiças; b) a autoctonia que reafirma a cultura ajustada à realidade latino-americana e não importada da Europa e da América Anglo-Saxônica. Dentro da profusão textual de Martí e de Freire, a escolha voltou-se à construção de uma pesquisa bibliográfica. Como conclusão, apresenta-se a relevância destes legados no bojo da radicalidade pedagógica, salientando categorias comuns, entre elas a liberdade para refletir como variante da vinculação da teoria com a prática e da escola com a vida. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40611 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Felipe da Silva Freitas , Marilia Montenegro Pessoa de Mello Pages: 305 - 330 Abstract: O presente artigo tem como objetivo destacar possibilidades de crítica ao ensino do direito no Brasil a partir do legado intelectual de Paulo Freire e da sua perspectiva epistemológica. Tendo como referência as bases da pedagogia crítica de Freire, pretende-se discutir como as noções de engajamento crítico; inconclusão do ser humano e práxis libertadora, contidas na obra de Paulo Freire, podem contribuir no ensino, na pesquisa e na extensão no campo do direito e das lutas emancipatórias. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40882 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Lilian Maria Carvalho, Lívia de Miranda Amorim Pages: 331 - 352 Abstract: Esse texto tem por objetivo tecer reflexões e contribuições do pensamento freiriano as questões ligadas a criança, a infância e a Educação Infantil. Para isso, recorremos a um breve relato da trajetória da Educação Infantil no Brasil, bem como as políticas públicas no atendimento das crianças em Creches e pré-escolas como base de interlocução aos pressupostos de Paulo Freire. O processo metodológico desenvolvido considerou o método categorial de conteúdo em Bardin (1977). A partir de uma incursão nas obras de Freire, construímos o referencial teórico, onde são apresentadas categorias, tecendo as compreensões subjacentes à concepção da criança protagonista e de uma infância humanizada, em que a educação não é apenas preparar para viver, mas constantes leituras de mundo. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40672 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Luci Mendes de Melo Bonini, Vladimir Ferreira Gama Pages: 353 - 372 Abstract: Estudam-se as políticas de reforma agrária no Brasil e educação no campo e o papel do MST para a criação de uma educação no campo voltada para os movimentos sociais da terra. São objetivos deste estudo apresentar os marcos legais da reforma agrária e como a educação para o homem do campo surge no meio dessas políticas públicas e descrever as ações educacionais existentes atualmente nos movimentos de luta pelas terras nas vozes de alunos e gestores da Escola Nacional Florestan Fernandes, fundada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Trata-se de pesquisa de caráter exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa de corte transversal – a coleta dos dados foi realizada nos meses de março e abril de 2017. Foram sujeitos deste estudo 01 coordenadora geral, 01 coordenador pedagógico e 05 discentes da Escola Nacional Florestan Fernandes que participaram de uma entrevista semiestruturada, individualmente. Os resultados demonstraram que esses têm suas origens no campo, buscaram nos estudos uma forma de melhorar seu conhecimento sobre as lutas no campo, sobre a melhoria da qualidade de vida no seu assentamento e na divulgação da educação no campo que existe na ENFF. Esta escola nasceu nos anos 90, em 2005 inaugurou sua sede própria no Estado de São Paulo, para onde convergem, atualmente, vários representantes interessados nos processos pedagógicos por ela difundidos. Concluiu-se que a políticas educacionais brasileiras são descontinuadas e a educação no campo nunca foi priorizada até emergir o Pronera e ações como as do MST. A educação no campo ficou alheia aos olhos dos legisladores e profissionais da educação, só emergindo após as lutas descritas nas vozes dos participantes da pesquisa., dentro dos próprios movimentos sociais. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40005 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Bettina Augusta Amorim Bulzico Battaglin Pages: 373 - 396 Abstract: O presente artigo pretende apresentar uma análise crítica ao discurso jurídico que envolve a regulamentação do procedimento administrativo de alteração de nome e gênero do sujeito transgênero junto ao cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais (RCPN). Ao invés de regulamentar o tema de forma a assegurar a dignidade dos titulares dos direitos em questão, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) optou por manter termos e métodos decorrentes do discurso heteronormativo dominante, que reforçam a discriminação sofrida. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.38553 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Emillyane Cristine Silva Adorno, Alex Penazzo Tavares, Fernando Vechi Pages: 397 - 422 Abstract: O artigo consistiu em analisar a constitucionalidade da legislação penal brasileira sobre o aborto. Foi investigado o tratamento histórico sobre os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, identificando aquelas mais suscetíveis aos efeitos da criminalização do aborto, tratando-se de pesquisa qualitativa, com método de procedimento bibliográfico e comparativo em que foi realizada análise indireta dos dados. Foi possível discutir a constitucionalidade do tipo penal, comparando com posicionamentos de Tribunais Constitucionais de outros países. Por fim, identificamos que as mulheres mais suscetíveis aos impactos da criminalização do aborto no país são adultas jovens, com baixa renda e escolaridade, pretas, pardas e indígenas, o que confirma uma seletividade criminal. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.38545 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Juliana Maria Duarte Marques , Ana Lúcia Borges Coelho Cardoso, André Luiz Machado das Neves Pages: 423 - 442 Abstract: O presente artigo tem por objetivo compreender de que forma as relações de poder sobre o corpo feminino se instrumentalizam na prática da esterilização compulsória de mulheres vulneráveis, como política de Segurança Pública. Para tanto, por meio de uma pesquisa bibliográfica, investigaram-se o corpo e a sexualidade, na perspectiva histórica sobre o gênero; e analisar os julgamentos da ação “I.V Vs Bolívia”, proferido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, e da Ação Civil Pública, proposta na cidade de Mococa-SP, sob a jurisdição do Tribunal de Justiça de São Paulo. Por fim, concluiu-se que os direitos sexuais e reprodutivos estão constantemente ameaçados ou violados, por quem detém o poder, utilizando-se como argumento a proteção da família e a manutenção da moral e da ordem. Por consequência, os debates deixam de ser considerados da saúde coletiva e são alocados como casos de polícia, o que promove o encarceramento e a perda da autonomia sobre os corpos de mulheres, principalmente aquelas que estão em situação de vulnerabilidade. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.38507 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Geovane Gesteira Sales Torres, Alania Maria Leal Gouveia, Caio Ricardo da Silva, Wendell de Freitas Barbosa Pages: 443 - 476 Abstract: O atual arranjo político brasileiro se marca pelo recrudescimento do conservadorismo e pela desinstitucionalização das políticas públicas LGBT, conjuntura que exige o estabelecimento de articulações em rede que se proponham a defender os direitos sexuais e reprodutivos. Nesse cenário encontra-se o Projeto Banana-Terra, promovido pela Anistia Internacional e Greenpeace, tencionando fortalecer a defesa dos direitos humanos e ambientais no Brasil. Dessa maneira, o presente artigo objetiva analisar as ações e articulações interorganizacionais em formato de rede do projeto ora citado na defesa dos direitos sexuais e reprodutivos na Região Metropolitana do Cariri, entre os anos de 2018 e 2020. A investigação empregou uma pesquisa-ação como estratégia metodológica, uma análise documental como meio de coleta de dados, além de utilizar o método sociolinguístico análise de conteúdo para o tratamento dos dados. O projeto desenvolveu cinco atividades, atingindo quatro bairros periférico-urbanos dos municípios de Crato e Juazeiro do Norte, impactando diretamente 111 pessoas. Ademais, o projeto foi composto pelas etapas de planejamento, implementação e avaliação; os seus repertórios de ação incorporaram princípios populares, integrativos e tecnologias digitais; além de ter originado uma complexa rede interorganizacional, cuja configuração e valores comungam da ecologia de saberes. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.38118 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Leonardo Evaristo Teixeira Pages: 477 - 508 Abstract: Os relatórios Figueiredo e Violações de Direitos Humanos das Populações Indígenas da Comissão Nacional da Verdade proporcionam a possibilidade de uma análise das violações contra as populações indígenas e, de certa forma, do resgate de sua memória. Por isso parte-se do questionamento de como as relações coloniais nas violações contras os povos indígenas se fizerem presentes durante o período da ditadura militar. O tratamento e análise dos dados dos mencionados relatórios insere-se no debate dos estudos descoloniais, a evidenciar o aprofundamento das violações contra estas populações no período da ditadura civil-empresarial-militar como forma de permanência da colonialidade no decorrer da história brasileira e, especificamente, contra estes sujeitos, sendo sistematizadas as dinâmicas das violações através de uma ideia de método corretivo, da escravização dos indígenas, do processo genocidário a partir da política indigenista, da violência de gênero e, por fim, através da questão territorial. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.38102 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Carla Maria Lim Santos, Sônia Cristina Lima Chaves, Ana Maria Freire de Souza Lima, Sisse Figueredo de Santana Pages: 509 - 530 Abstract: Este estudo sócio-histórico, com abordagem na sociologia reflexiva de Pierre Bourdieu, buscou compreender as contribuições de mulheres no espaço de luta pela atenção à saúde bucal da pessoa com deficiência, no Brasil, entre 1970 e 2012. Trajetórias, posições, disposições e tomadas de posição foram identificadas nas 14 entrevistadas. O estudo revelou que houve influência de mulheres na articulação com o Estado, para incorporação das categorias de pensamento dos movimentos sociais. Essa atuação foi mais evidente para os espaços associativos da PcD, ainda que o campo odontológico tenha pioneirismo feminino no campo burocrático. Dentro do universo de possíveis, ter maior capital burocrático, habitus político, ser de religião católica e estar no campo burocrático na época de formulação da Política Nacional de Saúde Bucal foram características das agentes no campo do poder. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.38094 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Matheus Guarino Santanna Lima de Almeida, Bruna Alves Silva Pages: 539 - 550 Abstract: O presente verbete explora a proposição do Círculo de Cultura na obra de Paulo Freire, defendendo o caráter político que possui enquanto espaço pedagógico de libertação dos oprimidos, através da criação de uma consciência crítica que resulte em uma ação no mundo. Para tanto, são expostos os conceitos fundamentais do Círculo de Cultura na Pedagogia do Oprimido, e uma exemplificação prática do uso de Círculo de Cultura, para demonstrar como não é possível pensar no Círculo de Cultura, de maneira crítica, sem partir da noção dialética da contradição entre opressores e oprimidos e a possibilidade de sua superação, recusando, portanto, a noção de que o círculo de cultura seja apenas uma ferramenta de aprendizado, o que ignora seus aspectos políticos, éticos e sociais. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40696 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)
Authors:Helga Maria Martins de Paula Pages: 573 - 578 Abstract: O texto é uma palestra realizada em uma mesa com o título: “Educação é um ato de amor, por isso um ato de resistência: homenagem ao centenário de Paulo Freire”. Uma história ainda a ser contada: quando Paulo Freire, em seu centenário, encontra Augusto Boal, o filho do padeiro, em seu 90º aniversário, temos a possibilidade de um diálogo no qual amor e coragem se conjugam como luta, ensaio para a revolução das/os oprimidas/os. Atrelados às lutas históricas de nosso tempo, com as cabeças pensando onde os pés pisam, quando pedagogia e teatro do oprimido abrem os caminhos, podemos ver o horizonte da utopia concreta de uma nova sociabilidade, que supere a exploração e as opressões. PubDate: 2022-01-31 DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v8i1.40689 Issue No:Vol. 8, No. 1 (2022)