Authors:Lucas Nakamura Cerejo, Laura Machado de Mello Bueno Abstract: Este artigo tem como objetivo caracterizar a utilização dos grupos focais como metodologia qualitativa para aproximação ao território urbano, sendo uma ferramenta de produção de dados a partir da percepção de um grupo representativo de participantes com características em comum. A estratégia metodológica, pouco utilizada no campo da Arquitetura e Urbanismo, destacou a importância da visão da população acerca de temáticas complexas, valorizando diferentes saberes e leituras do território, além da sua inserção no papel de agente capaz de promover mudanças. A pesquisa se concentrou na população em situação de vulnerabilidade do município de Campinas em relação às doenças Dengue e COVID-19, a partir de mapeamentos de dados primários entre o período de março de 2020 a setembro de 2021. Em contato com entidades da sociedade civil, foi possível organizar grupos focais para a discussão de sua compreensão e percepção sobre ambas as doenças aplicando grupos focais em dois locais, o que se mostrou essencial para a investigação de um cenário complexo e inesperado, com a sobreposição das doenças e uma mudança significativa na qualidade de vida destas populações referente aos aspectos de suas habitações e à percepção da gestão pública da pandemia, dependendo também da sensibilidade dos pesquisadores para que as discussões se desenvolvessem de maneira coerente. Por fim, a metodologia do grupo focal se mostrou propícia para se criar um ambiente descontraído e seguro para os participantes falarem sobre suas problemáticas e refletirem sobre os impactos de ambas as doenças em seu dia a dia. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.18066/revistaunivap.v28i60.4412 Issue No:Vol. 28, No. 60 (2022)
Authors:Rita Maria Coentro, Wilson Ribeiro dos Santos Junior Abstract: Este artigo analisa as transformações que vêm ocorrendo no território do Aeroporto Internacional de Viracopos (AIV), através da formação de corredores logísticos semelhantes a complexos logísticos de “Aerotrópolis” mundiais bem-sucedidos. Como metodologia utiliza-se revisão bibliográfica de autores que abordam temas interdisciplinares sobre fenômenos urbanos. Investiga-se os desafios na implantação da “Aerotrópolis Viracopos”, passando por questões institucionais, governamentais, como a ausência de elaboração de políticas públicas voltadas para o atendimento às demandas das populações que residem e trabalham na Aerotrópolis e/ou no entorno do aeroporto, quanto a crescente necessidade de transporte público, áreas de moradia e lazer urbanizadas com equipamentos como creches, escolas, hospitais dentre outros. O objetivo principal desse artigo é demonstrar a influência dos corredores logísticos que vêm se constituindo no entorno do AIV, atraídos pela força econômica regional, pela mobilidade no transporte de carga doméstica e internacional e pela localização e excelente meteorologia deste aeroporto que facilita esse aumento de fluxo logístico. O modelo das “Aerotrópolis” aliados aos corredores logísticos já estão consolidando uma nova configuração territorial ao se utilizarem de receitas de fontes não aeronáuticas, disponibilidade de terras acessíveis para atividades comerciais, e o aumento do tráfego de passageiros e carga, tornará o AIV um dos futuros aeroportos “hub’s” brasileiros, com a concentração de voos para as demais regiões do mundo. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.18066/revistaunivap.v28i60.4390 Issue No:Vol. 28, No. 60 (2022)
Authors:Mariana Sampaio de Castro, Soraya Silveira Simões Abstract: A urbanização de Brás de Pina ao desenvolver-se empiricamente, junto aos moradores, possibilita a observação das potencialidades e limites impostos à efetivação da participação popular. Nesse sentido, objetiva-se identificar relações entre os “contextos de interação”, as representações de atores envolvidos e os níveis de participação alcançados nos processos de projeto e obra desenvolvidos durante a experiência abordada. Utilizando-se da tipologia de participação proposta por Arnstein (2002) - a “Escada da Participação”, o presente trabalho concluiu que nem os “contextos de interação”, e nem as representações de técnicos e moradores foram definitivos para o alcance da participação proposta. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.18066/revistaunivap.v28i60.4410 Issue No:Vol. 28, No. 60 (2022)
Authors:Cleyton Alves Candeira Pimentel, Nírvia Ravena Abstract: Ao longo da história, as cidades da região do Xingu sofreram grandes transformações econômicas, demográficas, ambientais, sociais e políticas que modificaram seu desenvolvimento territorial e urbano. No contexto da Amazônia Brasileira, Altamira e suas cidades de influência passaram por duas macro configurações: a construção da rodovia BR-230 (Transamazônica) e a construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte. O objetivo deste trabalho é sintetizar estas transformações considerando que o planejamento urbano, nesse caso, calcado na dirigibilidade de grandes infraestruturas econômicas, ordenou o espaço do Xingu sob uma ótica racional-físico-territorial, sendo, portanto, a forma de planejamento que levou essa região a ser o que é atualmente. Para o alcance desse objetivo foi utilizado o método explicativo-analítico com foco na observação histórica da práxis do planejamento urbano no território, e, de forma complementar, realizada uma pesquisa bibliográfica sistematizada de trabalhos notórios na temática. Observa-se que ao longo destas experiências, o planejamento urbano funcionalista foi instrumental na reorganização desse espaço durante os impactos dessas enormes infraestruturas na região do Xingu. Logo, a partir disso, espera-se que a forma funcionalista de ordenar o espaço urbano propague tendências de continuidade com as tentativas de implementação do Projeto Belo Sun. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.18066/revistaunivap.v28i60.4383 Issue No:Vol. 28, No. 60 (2022)
Authors:Pablo Alfredo Ligrone Fernández Abstract: El tema propuesto gira en torno a tres asuntos principales: las urgencias sociales, las políticas públicas y el proyecto en sus múltiples escalas espaciales y temporales. Elegimos ser muy concisos en el título. El primer componente “mensajes de los territorios” nos vincula con el dueto Teoría y realidad; el segundo, “proyecto”, con el dueto Teoría y práctica. Si bien ambos forman parte de una misma reflexión, tanto para los investigadores como para los profesionales, históricamente se ha exacerbado el quehacer en desmedro de conocer la realidad. Tal es así que, aun en ámbitos teóricos especializados, se da por sentado que “teoría de la arquitectura” es, exclusivamente, teoría del proyecto o del diseño. Esta mirada nos retrotrae medio siglo con autores que marcaron un único rumbo, como lo fuera el influyente Enrico Tedeschi y su “Teoría de la Arquitectura” de la década de los setenta y numerosos otros que, hasta hoy, siguen en ese derrotero buscando el modo óptimo, ideal, de proyectar. ¡¿Nos hemos olvidado de la realidad'! ¡¿Nos hemos olvidado de la gente y de la naturaleza'! Seguramente no… Pero tal vez sí nos olvidamos de buscar denodadamente conocerla, entenderla, interpretarla y, por consiguiente, cambiar nuestro quehacer, nuestras herramientas de investigación, nuestros instrumentos de planificación, nuestro encare del proyecto de un tiempo a otro, de un territorio a otro, de un grupo social a otro. Ello permitiría mejor escuchar los mensajes. PubDate: 2022-12-19 DOI: 10.18066/revistaunivap.v28i60.4440 Issue No:Vol. 28, No. 60 (2022)