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- A indumentária na Idade do Ferro do Sul de Portugal
Authors: Francisco B. Gomes Pages: 5 - 50 Abstract: A documentação disponível para o estudo da indumentária na Idade do Ferro do Sul do actual território português é escassa, limitando-se na prática aos complementos metálicos de indumentária (fíbulas e fechos de cinturão). Uma parte significativa desses elementos procedem, contudo, de escavações cujo registo não permite leituras detalhadas sobre o seu papel e a identidade dos seus portadores. Ainda assim, a adopção de uma grelha de leitura simultaneamente contextual e comparativa permite extrair importantes informações sobre os factores – sociais, políticos e culturais – que influenciaram a evolução da indumentária, como se ilustra no presente contributo através do caso de estudo paradigmático da necrópole sidérica de Alcácer do Sal, cuja análise permite refletir sobre o presente e o futuro do estudo da indumentária pré-romana no Sudoeste Peninsular. PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_1 Issue No: Vol. 61 (2022)
- Os Callaeci e a questão eponímica
Authors: Martín Fernández Calo Pages: 51 - 86 Abstract: Na história antiga de Portugal e da Galiza há um consenso consistente na ideia de que o nome da comum região Callaecia derivou, em época romana inicial, de um povo de Callaeci epónimos assentados na margem direita da foz do Douro. Este consenso pode ser categorizado como questão eponímica. Apesar de que tal questão sofreu uma forte variabilidade de interpretações, um artigo de 1977 de A. Tranoy assentou a sua forma actual e o consenso hoje existente sobre ela. Mas tal consenso limitou-se à aceitação acrítica das teses de A. Tranoy, que não foram revisitadas desde então. O presente artigo re-examina as provas da questão eponímica e demonstra a sua fraqueza, junto com a necessidade de ampliar as perspectivas sobre o suposto povo epónimo e as origens do paleo-corónimo regional. PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_2 Issue No: Vol. 61 (2022)
- A villa da Horta da Torre (Fronteira)
Authors: André Carneiro Pages: 87 - 123 Abstract: Escavações em curso desde 2012 em Horta da Torre (Fronteira, Alentejo, Portugal) permitiram identificar uma villa com uma sala de dupla abside coroada por um stibadium. Os 90m2 da sala estavam inteiramente pavimentados com opus signinum, permitindo o cuidado fluir de uma fina camada de água, criando um cenário artificial no qual a natureza e as estruturas construídas se combinavam. As paredes eram cobertas com mosaicos polºicromos, e elementos aquáticos decoravam toda a sala. Investigação posterior utilizando geo-radar identificou que o complexo pertence a um edifício de 3ha, com dois pátios rodeados por peristilos. Este é um protótipo comum nas villar que no final do século III dominavam a paisagem rural da Lusitania. É apresentado um detalhado resumos dos trabalhos de oito campanhas arqueológicas. Em contexto mais amplo, outras villae situadas na região envolvente serão referidas, colocando a Horta da Torre como mais um exemplo do empreendedorismo privado na paisagem rural da Lusitania. PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_3 Issue No: Vol. 61 (2022)
- Monte Molião durante a dinastia Antonina
Authors: Ana Margarida Arruda, Carlos Pereira, Elisa Sousa, Artur Mateus, Diogo Varandas, Margarida Rodrigues Pages: 125 - 156 Abstract: Os trabalhos arqueológicos realizados em Monte Molião (Lagos, Portugal) permitiram identificar contextos domésticos do século II. O estudo dos materiais neles identificados em associação directa, muito especialmente das cerâmicas importadas, possibilitaram uma leitura integrada que teve em consideração as dinâmicas evolutivas da região algarvia em particular, e da província da Lusitânia, em geral, durante a dinastia Antonina. O sítio manteve-se integrado nas redes comerciais activas na área meridional da Península Ibérica, mostrando, contudo, especificidades próprias no que diz respeito ao consumo de produtos manufacturados de importação. PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_4 Issue No: Vol. 61 (2022)
- Comércio no mundo romano e tardo-antigo
Authors: José Carlos Quaresma Pages: 157 - 208 Abstract: A Economia Antiga permanece um campo rico de análise, mas também complexo e difícil quando se procura uma integração dos dados de diversa natureza epistemológica. Por isso, são poucos os casos de tentativa de cruzamento de dados históricos e arqueológicos ou ambientais. Neste artigo, procuramos empreender dois grandes exercícios de confrontação de dados: analisar diacronicamente dados arqueológicos de natureza comercial, nomeadamente aqueles que nos transmitem flutuações temporais e regionais mais fidedignas, como os da terra sigillata; comparar estes dados com outros dados económicos de natureza ambiental e epidemiológica; analisar os preços de frete propostos pelo Édito de Preços de 301 d.C., comparando os reais custos entre as diversas rotas e, assim, procurar descortinar a relação de custos de trabalho aos intermediários e de custos finais dos produtos aos consumidores de cada região. PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_5 Issue No: Vol. 61 (2022)
- Notas sobre o eixo viário Olisipo – Bracara e a sua epigrafia
Authors: Vasco Gil Mantas Pages: 209 - 257 Abstract: Os testemunhos epigráficos, sobretudo os miliários, são essenciais para a reconstituição do traçado de estradas romanas e para esboçar a sua história, em particular naqueles casos em que os vestígios materiais das mesmas escasseiam. O longo itinerário que ligava Olisipo a Bracara encontra-se nessa situação, contando com meia centena de miliários, com desigual repartição, alguns achados recentemente, justificando uma nova apreciação deste razoável corpus e de alguns dos problemas ainda em aberto. PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_6 Issue No: Vol. 61 (2022)
- Formas e sabores
Authors: Tânia Casimiro, João Pedro Gomes Pages: 259 - 294 Abstract: A cultura material associada à produção e consumo de alimentos, nomeadamente a cerâmica, representa o maior volume dos conjuntos arqueológicos exumados em contextos portugueses de Idade Moderna. Panelas, tachos, frigideiras, pratos, tigelas ou salseiras, produzidos em cerâmica comum ou vidrada, testemunham tanto os distintos processos de preparação dos alimentos ou modos de apresentação destes à mesa, como as tecnologias de produção cerâmica disponíveis à época, as formas, decorações, origens e contextos de utilização dos objectos que a análise arqueológica, isoladamente, não permite entender na sua totalidade. Assim, e para o período moderno, apresenta-se como essencial o cruzamento dos dados arqueológicos com as fontes documentais coevas. Livros de receitas, registos de despesa, cartas, entre outros, permitem inferir um vasto leque de características: a que tipo de formas estariam associados determinados preparados culinários, de que forma eram servidos e acondicionados os alimentos ou qual o valor simbólico que determinadas peças teriam' Tenta-se assim uma aproximação semiótica à utilização da cerâmica em contexto alimentar no que respeita à sua forma, cor e mesmo odor que, no lato universo alimentar, despertaria diversos sentidos além do gosto. PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_7 Issue No: Vol. 61 (2022)
- Gabinetes setecentistas na História da Arqueologia Portuguesa: espaços,
proprietários e artefactos Authors: Daniel Carvalho Pages: 295 - 325 Abstract: Neste artigo é explorada a temática dos Gabinetes setecentistas em Portugal. Com recurso a uma análise comparativa e a fontes históricas, apresenta-se o cenário da realidade portuguesa, ligando a temática do Antiquarismo à História da Arqueologia. Atravessando colecionadores, coleções e artefactos, a dimensão arqueológica destes estabelecimentos é assim visível numa lógica de conjunto, oferecendo novos dados e perspetivas para a interpretação deste período, que se argumenta ser basilar para a formação da Arqueologia enquanto Ciência. PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_8 Issue No: Vol. 61 (2022)
- [Recensão a] DOPICO CAÍNZOS, M.ª Dolores y VILLANUEVA ACUÑA, M., eds.
(2021) – Aut oppressi serviunt... PHILTÁTE: Studia et acta antiquae Callaeciae, v. 5, Universidade de Santiago de Compostela, 447 pp., ISBN 978-84-8192-578-4, http://hdl.handle.net/10347/27287 Authors: Ana María Suárez Piñeiro Pages: 327 - 329 PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_9 Issue No: Vol. 61 (2022)
- [Recensão a] PIAY AUGUSTO, Diego e ARGUELLES ÁLVAREZ, Patricia (ed.)
(2021) – Villae romanas en Asturias, Roma-Bristol: “L’Erma” di Authors: André Carneiro Pages: 331 - 334 PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_10 Issue No: Vol. 61 (2022)
- [Recensão a] SCHATTNER, Thomas G. y GUERRA, Amílcar, coord. (2019) –
Das Antlitz der Götter – O rosto das divindades. Götterbilder im Westen des Römischen Reiches – Imagens de divindades no Ocidente do Império romano, Iberia Archaeologica, 20, Deutsches Archäologisches Institut Madrid, Reichert Verlag, Wiesbaden, 324 pp., ISBN 978-3-9549-0423-5 Authors: Miguel Ángel Elvira Pages: 335 - 337 PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_11 Issue No: Vol. 61 (2022)
- [Recensão a] CISNEROS, Miguel (ed.) (2021) – Imitaciones de Piedras
Preciosas Y Ornamentales em Época Romana: Color, Simbolismo Y Lujo, Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Anejos de Archivo Español de Arqueología, XCIII, 299 pp. ilustradas, ISBN: 978-84-00-10896-0 Authors: Mário da Cruz Pages: 339 - 342 PubDate: 2022-12-02 DOI: 10.14195/1647-8657_61_12 Issue No: Vol. 61 (2022)
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