Authors:Thomas Bénatouïl Pages: 1 - 20 Abstract: Este artigo aborda asrelações entre vida e movimento em Aristóteles, examinando a distinção entre plantas e animais. Pode o movimento local servir como critério para estabelecer a fronteira entre plantas e animais' Mostramos que a resposta é negativa ao mesmo tempo por causa da existência de animais imóveis, e de não-viventes móveis, e porque somente o automovimento, e não o movimento em si mesmo, pode ser tomado por critério verdadeiro da vida. Mostramos em que sentido as plantas são automotoras. O caso dos animais incertos permite ainda compreender melhor o estatuto da fronteira entre plantas e animais entre os viventes e as analogias que existem entre eles. PubDate: 2019-09-13 Issue No:Vol. 13, No. 25 (2019)
Authors:Francisco Moraes Pages: 21 - 42 Abstract: No presente artigo, busco entender, a partir de Aristóteles, o nexo entre corpo e alma, tal como este é estabelecido no tratadoDe anima, em decorrência de uma investigação sobre o movimento. Investigo as razões que levaram Aristóteles a sustentar que a alma não se move, justamente por ser princípio do movimento. Ao negar que a alma seja ela mesma um vivente, o estagirita se posiciona de maneira crítica em relação ao diálogo Fédonde Platão, abrindo caminho para a consideração filosófica do corpo vivo e de sua funcionalidade. Na função (érgon) ou obra a desempenhar, em seu ser capaz de tal obra, reside a especificidade do vivente, que pode não passar ao ato. A diferença entre corpo vivo e inanimado é acentuada, tornando-se incontornável pensar a especificidade do vivo a partir de suas manifestações. Um pensamento sobre a vida que descobre o próprio pensamento como vida. PubDate: 2019-09-13 Issue No:Vol. 13, No. 25 (2019)
Authors:Rafael Mello Barbosa Pages: 43 - 56 Abstract: O objetivo geral deste artigo é mostrar que noções distintas de movimento implicam em compreensões diferentes de mundo e de conhecimento e vice-versa. O objetivo específico é apresentar a noção de movimento elaborada na Física de Aristóteles e sua recepção a partir de Simplício. PubDate: 2019-09-13 Issue No:Vol. 13, No. 25 (2019)
Authors:Luis Felipe Bellintani Ribeiro Pages: 57 - 69 Abstract: Em se tratando da questão do movimento em Aristóteles, o par conceitual “potência e ato” não é apenas importante, ele praticamente esgota a própria definição de movimento, que, nos três primeiros capítulos do livro III da Física, passagem que se pode apelidar de "Tratado do Movimento", é definido como "o ato do ente em potência enquanto tal" (hetoû dynámei óntos entelékheia, hê(i) toioûton). Nessa definição a palavra grega traduzida por "ato" é entelékheia, mas ao longo das 161 linhas do "Tratado do Movimento" Aristóteles emprega 19 vezes o termo entelékheiae 21 vezes o termo enérgeia, sem fazer uma distinção clara – como de resto alhures também não faz – levando alguns tradutores à resignação diante de uma quase sinonímia e à tradução quase automática de ambos os termos gregos por um único termo do vernáculo, como "ato", “atualidade”, “efetividade”. Como traduzi-los afinal' PubDate: 2019-09-13 Issue No:Vol. 13, No. 25 (2019)
Authors:Susana de Castro Amaral Vieira Pages: 70 - 78 Abstract: Na sua obra Ética a Nicomâco Aristóteles explica o caráter contingente das ações, mas também a importância da prática para que evitemos o erro. Seu estudo da ação o leva a definir o bem como o motor do agir e o sumo bem como a felicidade da polis. Este texto mostra como as virtudes éticas caracterizam um estado ativo e o significado do hábito para a ética aristotélica. PubDate: 2019-09-13 Issue No:Vol. 13, No. 25 (2019)
Authors:Carla Francalanci Pages: 79 - 86 Abstract: Este trabalho visa comparar a concepção aristotélica apresentada em De Anima III (Capítulos 9 a 11) com a que é exposta por Freud, no texto “A negação” (“Die Verneinung”). Nosso intuito é mostrar como o texto de Freud pode ser lido como uma reelaboração da teoria aristotélica acerca da relação entre movimento, desejo e juízos. PubDate: 2019-09-13 Issue No:Vol. 13, No. 25 (2019)
Authors:Eraci Gonçalves de Oliveira Pages: 87 - 114 Abstract: Seguindo a hipótese que o desafio maior que se impõe à investigação acerca da causa comum do movimento animal no De motu animalium seja a adaptação da argumentação à natureza do objeto, nosso objetivo geral com o presente estudo é buscar elementos que demonstrem a funcionalidade e a adaptabilidade do método analógico empregado por Aristóteles no referido tratado sobre a locomoção animal. A partir da classificação que nos é dada por Bénatouïl, em seu estudo acerca do uso das analogias no De motu animalium, analisamos as funções básicas e o modus operandi do primeiro grupo de analogias, designadas pelo intérprete como analogias estruturantes, notadamente presentes nos capítulos 1 e 2. PubDate: 2019-09-13 Issue No:Vol. 13, No. 25 (2019)