Authors:Pablo Rubén Mariconda Pages: 5–20 - 5–20 Abstract: Esta é uma versão ligeiramente modificada da aula inaugural do Departamento de Filosofia para o ano acadêmico de 2019, proferida em 19/03/2019. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165412 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Vladimir Safatle Pages: 21–4 - 21–4 Abstract: O artigo visa discutir formas de pensar o conceito de liberdade para além de sua submissão às figuras da autonomia. O objetivo é avaliar a necessidade e pertinência de pensarmos, em nosso contexto sócio-histórico, a liberdade como heteronomia sem servidão. Conceito este que nasce da crítica à elevação do paradigma do auto-pertencimento a condição de via única para a definição da liberdade. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165473 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Francisco Verardi Bocca Pages: 43–6 - 43–6 Abstract: Também em relação à política Sade foi um enigma, particularmente porque nunca foi sincero sobre ela. Além disso, considerações imprecisas de biógrafos e comentadores contribuem. Esclarecê-lo demanda uma investigação atenta, que espero ter realizado nas obras Sade contre l’Être Suprême (1793) e La philosophie dans le boudoir (1795), redigidas durante o período de instalação da primeira República francesa. Por meio delas revelo Sade tão pouco monarquista quanto republicano. Em acréscimo, em La nouvelle Justine (1797) e Histoire de Juliette (1797), revelo sua filosofia política construída pela condução do materialismo francês levado às últimas consequências, que ilustro pela noção de Orgia. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.142544 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Marília Côrtes de Ferraz Pages: 65–7 - 65–7 Abstract: Trata-se, neste artigo, de analisar o princípio fundamental ─ like effects prove like causes ─ sobre o qual Cleanthes, nos Diálogos sobre a Religião Natural de Hume, apoia sua defesa do argumento do desígnio, bem como examinar a estratégia argumentativa de Philo para enfraquecer paulatinamente a força do argumento defendido por Cleanthes. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.142294 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Olímpio Pimenta Pages: 79–1 - 79–1 Abstract: Um tópico de interesse permanente em relação a Sócrates é a determinação dos melhores termos para o entendimento da articulação entre sua vida e sua prática filosófica. O presente artigo busca ensaiar uma discussão introdutória desta questão. Nesse sentido, parte-se de uma restituição, em largos traços, do testemunho das três principais fontes diretas, avança-se daí até algumas formulações atuais centradas no tema do exame para, por último, considerar a matéria à luz da morte de Sócrates e dos desdobramentos que seu exemplo quanto a isso ensejou, já no âmbito das escolas helenísticas. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165475 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Luiz Roberto Takayama Pages: 107– - 107– Abstract: Este artigo pretende fazer uma breve apresentação do platonismo não-realista de Abelardo através da solução dada na Logica Ingredientibus à célebre “querela dos universais”. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.140207 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Thiago Vargas Pages: 121– - 121– Abstract: A partir de um exame de textos escritos por Du Pont de Nemours, Le Mercier de la Rivière, Victor Riquetti de Mirabeau e François Quesnay, e tendo em vista a unidade da teoria política formada e desenvolvida pela fisiocracia, buscaremos examinar como a análise econômica dessa doutrina encontra suas condições de emergência a partir de uma elaboração política que lhe é precedente: o jusnaturalismo. Assim, destacaremos a importância desse retorno filosófico para a compreensão de conceitos como produto líquido ou mesmo para a ênfase dada à agricultura. Essa abordagem nos permitirá melhor avaliarmos de que forma o estudo das riquezas não se emancipa de uma teoria social e política que viceja, no final das contas, no tradicional terreno do direito natural. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165477 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Mauro Dela Bandera Arco Junior Pages: 137– - 137– Abstract: A exortação de Rousseau, feita dois séculos antes de Lévi-Strauss, de levar a vista ao longe, observar as diferenças entre os homens para conhecer o homem em sua especificidade e propriedade dá o tom do que se poderia chamar de antropologia rousseauísta. O conhecimento sobre o homem não é obtido ao olhar para o lado e tomar como referência um tipo qualquer imediatamente disponível. Ao contrário, é preciso de viagens bem regradas, de uma educação do olhar e da organização dos dados colhidos pela observação. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165480 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Marcelo de Sant'Anna Alves Primo Pages: 155– - 155– Abstract: Em um pequeno escrito intitulado Apologie de l’ennui et des ennuyeux, Holbach, sob uma apologia, repudia a figura do ennuyeux. O retrato dos costumes traçado pelo Barão é acompanhado de uma crítica filosófica que remonta às causas originais tanto da propagação como da universalidade do tédio. Tal reflexão o Barão já empreendera em La Moral Universelle, o que permite fazer uma leitura da Apologie como uma crítica invertida, por meio de uma condenação contundente do tédio, este entendido como uma permanente insatisfação da natureza humana. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.141633 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Jean Dyêgo Gomes Soares Pages: 165– - 165– Abstract: Enciclopédia não está entre os termos mais conhecidos de Michel Foucault. Todavia, ao olhar com atenção para algumas ocorrências desse termo ao longo de sua carreira, com uma especial ênfase aos anos de 1960 e 1970, algo se revela ao leitor atento. O intuito desse texto é discernir esse termo no vocabulário foucaultiano, mostrando sua dupla face. Se por um lado, Foucault se refere tecnicamente à Enciclopédia editada por Denis Diderot e Jean D’Alembert; por outro, ele recorre ao termo sugerindo outra prática que não simplesmente elabora um memorial de nossos saberes, mas ultrapassa essa fronteira na direção do que ele chamará de heterotópico. No primeiro momento, o caráter crítico da abordagem levará a considerações sobre os limites do projeto enciclopédico, e as consequências práticas das políticas de memória e esquecimento que ele implica. Num segundo momento, a partir de fontes importantes como Nietzsche, Freud e Marx, compreenderemos as possibilidades de uma nova dobra na história das técnicas de interpretar, em busca de uma ressignificação foucaultiana das enciclopédias. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.149241 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Rafael Henrique Teixeira Pages: 187– - 187– Abstract: Este artigo aborda o tratamento que Canguilhem e Foucault oferecem da medicina. Passando pelas distintas análises da clínica, da medicina em sua história e de seu aspecto social e político, observaremos desdobramentos irredutíveis em torno de uma problemática compartilhada. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.138092 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Gustavo Fujiwara Pages: 211– - 211– Abstract: Este artigo pretende elucidar alguns aspectos da biografia existencial de Sartre sobre o poeta e romancista Jean Genet. Elucidando a estrutura (dialética) da obra, veremos que a presente biografia faz emergir o sentido e o peso do social nas análises sartreanas acerca da liberdade. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.149267 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Raquel Albieri Krempel Pages: 233– - 233– Abstract: Em Da certeza, Wittgenstein formula várias críticas contra o ceticismo em relação ao nosso conhecimento do mundo externo. Meu objetivo é mostrar que Wittgenstein não oferece aqui uma resposta convincente ao problema cético. Em primeiro lugar, apresentarei uma versão forte do problema, entendendo-o como um argumento paradoxal. Na segunda parte, vou introduzir e levantar problemas para duas respostas pragmáticas contra o ceticismo que aparecem em Da certeza. Finalmente, apresentarei algumas das críticas lógicas de Wittgenstein contra o ceticismo, que inicialmente podem ser consideradas fortes, porque parecem refutar alguns pressupostos céticos. Elas dizem respeito às idéias de Wittgenstein de que é logicamente impossível duvidar e confundir-se com as proposições mooreanas, e que essas proposições não têm valor verdadeiro. Pretendo mostrar, entretanto, que elas tampouco desafiam realmente o ceticismo, pois não estão bem fundamentadas. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165484 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Ulisses Razzante Vaccari Pages: 253– - 253– Abstract: O artigo, num primeiro momento, busca contextualizar as condições de surgimento do ensaio Dois poemas de Friedrich Hölderlin, de Benjamin, recorrendo a alguns fatos históricos, como a morte de seu amigo Fritz Heinle e Nobert von Hellingrath. Ligadas ao estopim da Primeira Guerra Mundial, tais mortes representam para Benjamin a morte de toda uma geração de jovens, na qual ele havia depositado toda a esperança de renascimento da cultura alemã. A leitura que faz de Hölderlin, nesse sentido, tem um fim político, ao procurar combater uma interpretação esteticizante de seus poemas, influenciada pelo círculo de Stefan George. Num segundo momento, o artigo aprofunda a leitura do ensaio de Benjamin sobre Hölderlin, buscando definir o conceito de “poetificado” como conceito central de sua crítica de arte, evidenciando em que medida esse conceito lhe serve como contraposição às leituras provenientes do círculo de George, entre elas, a do próprio Hellingrath. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165485 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)
Authors:Luiz Repa Pages: 269– - 269– Abstract: O artigo estabelece uma relação entre o ensaio “Sobre a essência da crítica filosófica” e a Fenomenologia do espírito no que concerne à elaboração hegeliana do conceito de crítica imanente. Primeiramente, busca-se rebater algumas objeções a respeito da pertinência de atribuir a Hegel esse conceito, para mostrar em seguida que este emerge na Introdução da Fenomenologia do espírito como uma tentativa de resolver problemas já presentes na concepção de crítica filosófica que havia sido defendida, juntamente com Schelling, no Jornal crítico de filosofia. De acordo com a hipótese central, o ensaio introdutório do jornal contém elementos fundamentais da crítica imanente, porém sob um dilema que somente será resolvido posteriormente. PubDate: 2019-12-29 DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165623 Issue No:Vol. 49, No. 2 (2019)