Abstract: ABSTRACT Background: KRAS mutations are important events in colorectal carcinogenesis, as well as negative predictors of response to EGFR inhibitors treatment. Aim: To investigate the association of clinical-pathological features with KRAS mutations in colorectal cancer patients treated. Methods: Data from 69 patients with colorectal cancer either metastatic at diagnosis or later, were retrospectively analyzed. The direct sequencing and pyrosequencing techniques were related to KRAS exon 2. The mutation diagnosis and its type were determined. Results: KRAS mutation was identified in 43.4% of patients. The most common was c.35G>T (p.G12V), c.35G>A (p.G12D) and c.38G>A (p.G13D). No correlation was found between KRAS mutation and age (p=0.646) or gender (p=0.815). However, mutated group had higher CEA levels at admission (p=0.048) and codon 13 mutation was associated with involvement of more than one metastatic site in disease progression (p=0.029). Although there was no association between primary tumor site and mutation diagnosis (p=0.568), primary colon was associated with worse overall survival (p=0.009). Conclusion: The KRAS mutation was identified in almost half of patients. Mutated KRAS group had higher levels of CEA at admission and the mutation at codon 13 was associated with involvement of more than one metastatic site in the course of the disease. Colon disease was associated with the worst overall survival.RESUMO Racional: Mutações KRAS são eventos importantes na carcinogênese colorretal como preditores negativos de resposta ao tratamento. Objetivo: Investigar a associação de características clinicopatológicas com mutações no KRAS em pacientes com câncer colorretal tratados. Métodos: Sessenta e nove pacientes com câncer colorretal metastáticos ao diagnóstico ou posteriormente foram analisados. As técnicas de sequenciamento direto e pirosequenciamento foram relacionadas ao éxon 2 do KRAS e o diagnóstico da mutação e seu tipo foram determinados. Resultados: A mutação KRAS foi identificada em 43,4% dos pacientes, c.35G>T (p.G12V), c.35G>A (p.G12D) e c.38G>A (p.G13D). Não foi encontrada correlação entre a mutação KRAS e a idade (p=0,646) ou o gênero (p=0,815). No entanto, o grupo mutado apresentou níveis mais altos de CEA na admissão (p=0,048). A mutação do códon 13 foi associada ao envolvimento de mais de um local metastático na progressão da doença (p=0,029); não houve associação entre o local primário do tumor e o diagnóstico de mutação (p=0,568); a doença primária do cólon foi associada com pior sobrevida global (p=0,009). Conclusão: A mutação KRAS foi identificada em quase metade dos pacientes. O grupo KRAS mutado apresentou níveis mais altos de CEA na admissão e a mutação no códon 13 foi associada ao envolvimento de mais de um local metastático no curso da doença. A doença do cólon foi associada com pior sobrevida global.
Abstract: ABSTRACT Background: Portal hypertension (PH) can be measured indirectly through a hepatic vein pressure gradient greater than 5 mmHg. Cirrhosis is the leading cause for PH and can present as complications ascites, hepatic dysfunction, renal dysfunction, and esophagogastric varices, characterizing gastropathy. Aim: To evaluate the use of carvedilol as primary prophylaxis in the development of collateral circulation in rats submitted to the partial portal vein ligament (PPVL) model. Method: This is a combined qualitative and quantitative experimental study in which 32 Wistar rats were divided into four groups (8 animals in each): group I - cirrhosis + carvedilol (PPVL + C); group II - cirrhosis + vehicle (PPVL); group III - control + carvedilol (SO-sham-operated + C); group IV - control + vehicle (SO-sham-operated). After seven days of the surgical procedure (PPVL or sham), carvedilol (10 mg/kg) or vehicle (1 mL normal saline) were administered to the respective groups daily for seven days. Results: The histological analysis showed no hepatic alteration in any group and a decrease in edema and vasodilatation in the PPVL + C group. The laboratory evaluation of liver function did not show a statistically significant change between the groups. Conclusion: Carvedilol was shown to have a positive effect on gastric varices without significant adverse effects.RESUMO Racional: A hipertensão portal (HP), medida indiretamente através do gradiente pressórico da veia hepática >5 mmHg, tem como principal causa etiológica a cirrose. Possui como complicações a ascite, disfunção hepática, disfunção renal e varizes esofagogástricas, que caracterizam o quadro de gastropatia. Objetivo: Avaliar o uso do carvedilol como profilaxia primária no desenvolvimento da circulação colateral em ratos submetidos ao modelo de ligadura parcial de veia porta (LPVP). Método: Estudo experimental qualitativo e quantitativo no qual foram utilizados 32 ratos Wistar, divididos em quatro grupos (n=8): grupo I - cirrose + carvedilol (LPVP+C); grupo II - cirrose + veículo (LPVP); grupo III - controle + carvedilol (SO - sham-operated+C); grupo IV - controle + veículo (SO - sham-operated). Após transcorridos sete dias do procedimento cirúrgico, foi administrado carvedilol (10 mg/kg) e veículo (1mL) para os respectivos grupos por sete dias consecutivos. Resultados: A análise histológica não mostrou alteração hepática em nenhum grupo e diminuição de edema e vasodilatação no grupo LPVP+C. A avaliação laboratorial da função hepática não mostrou alteração com significância estatística entre os grupos. Conclusão: Carvedilol mostrou ser fármaco com efeito positivo no sangramento das varizes gástricas e sem efeitos adversos significantes.
Abstract: ABSTRACT Background: Colorectal cancer (CRC) is one of the most common types of cancer in the world. Over time, intestinal epithelial cells undergo mutations that may lead to proliferative advantage and the emergence of cancer. Mutations in the beta-catenin pathway are amongst those described in the development of CRC. Aim: To verify the existence of a relation between the presence of Wnt3, beta-catenin and CDX2 in colorectal cancer samples and clinical outcomes such as disease progression or death. Method: Wnt3a, beta-catenin and CDX2 immunohistochemistry was performed on CRC tissue microarray samples (n=122), and analysis regarding the relation between biomarker expression and disease progression or death was performed. Results: No significant difference was found between the presence or absence of CDX2, beta-catenin or Wnt3a expression and clinical stage, tumor grade, disease progression or death. Conclusion: CDX2, beta-catenin and Wnt3a are not useful to predict prognosis in patients with CRC.RESUMO Racional: O câncer colorretal (CCR) é um dos tipos mais comuns no mundo. As células epiteliais intestinais podem sofrer mutações que ocasionam vantagem proliferativa e culminam com o surgimento do câncer. Mutações da via da beta-catenina foram descritas entre as que podem ocasioná-lo. Objetivo: Verificar a existência de relação entre a expressão de Wnt3, beta-catenina e CDX2 em amostras de câncer colorretal com os eventos clínicos progressão de doença e óbito. Método: Foi realizada análise imunoistoquímica de Wnt3a, beta-catenina e CDX2 em blocos multiamostrais de CRC (n=122), e avaliada a relação entre a expressão dos biomarcadores e os desfechos progressão de doença e óbito. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas entre a expressão ou ausência de CDX2, beta-catenina ou Wnt3a e estádio clínico, grau de diferenciação tumoral, presença de progressão de doença ou evolução ao óbito. Conclusão: Os marcadores CDX2, beta-catenina e Wnt3a não são úteis para predizer prognóstico em pacientes com CCR.
Abstract: ABSTRACT Background: The II Brazilian Consensus on Gastric Cancer by the Brazilian Gastric Cancer Association (ABCG) was recently published. On this occasion, several experts in gastric cancer expressed their opinion before the statements presented. Aim: To present the ABCG Guidelines (part 1) regarding the diagnosis, staging, endoscopic treatment and follow-up of gastric cancer patients. Methods: To forge these Guidelines, the authors carried out an extensive and current review regarding each statement present in the II Consensus, using the Medline/PubMed, Cochrane Library and SciELO databases with the following descriptors: gastric cancer, staging, endoscopic treatment and follow-up. In addition, each statement was classified according to the level of evidence and degree of recommendation. Results: Of the 24 statements, two (8.3%) were classified with level of evidence A, 11 (45.8%) with B and 11 (45.8%) with C. As for the degree of recommendation, six (25%) statements obtained grade of recommendation 1, nine (37.5%) recommendation 2a, six (25%) 2b and three (12.5%) grade 3. Conclusion: The guidelines presented here are intended to assist professionals working in the fight against gastric cancer with relevant and current information, granting them to be applied in the daily medical practice.RESUMO Racional: O II Consenso Brasileiro de Câncer Gástrico da Associação Brasileira de Câncer Gástrico (ABCG) foi recentemente publicado. Nesta ocasião, inúmeros especialistas que atuam no tratamento desta doença expressaram sua opinião diante declarações apresentadas. Objetivo: Apresentar as Diretrizes da ABCG (Parte 1) quanto ao diagnóstico, estadiamento, tratamento endoscópico e seguimento dos pacientes com câncer gástrico. Métodos: Para formulação destas Diretrizes os autores realizaram extensa e atual revisão referente a cada declaração presente no II Consenso, utilizando as bases Medline/PubMed, Cochrane Library e SciELO com os seguintes descritores: câncer gástrico, estadiamento, tratamento endoscópico e seguimento. Ainda, cada declaração foi classificada de acordo com o nível de evidência e grau de recomendação. Resultados: Das 24 declarações, duas (8,3%) foram classificadas com nível de evidência A, 11 (45,8%) B e 11 (45,8%) C. Quanto ao grau de recomendação, seis (25%) declarações obtiveram grau de recomendação 1, nove (37,5%) grau 2a, seis (25%) 2b e três (12,5%) 3. Conclusão: As diretrizes aqui presentes têm a finalidade de auxiliar os profissionais que atuam no combate ao câncer gástrico com informações relevantes e atuais, permitindo que sejam aplicadas na prática médica diária.
Abstract: ABSTRACT Background: Esophageal atresia is congenital anomaly with high mortality. Surgical complications and changes in nutritional status are common problems after surgical correction. Aim: To evaluate nutritional status, esophageal stenosis, and respiratory complications among children who had repaired esophageal atresia. Methods: Children aged >2 months old with repaired esophageal atresia were included in the current study. Gender, age, weight, and height were recorded for each case. Height for age and weight for age were calculated for each case. Results: According to weight for length percentile, 41.02% of the cases were underweight. Esophageal stenosis was seen in 54.76% of the obtained esophagograms. Conclusion: Underweight was present in 41.02 of the patients according to weight-for-height percentile.RESUMO Racional: Atresia de esôfago é anomalia congênita com mortalidade alta. Complicações cirúrgicas e alterações no estado nutricional são problemas comuns após correção cirúrgica. Objetivo: Avaliar o estado nutricional, a estenose esofágica e as complicações respiratórias em crianças que tiveram a reparação de atresia de esôfago. Métodos: Crianças com idade> 2 meses de idade com atresia esofágica reparada foram incluídas no estudo atual. Sexo, idade, peso e altura foram registrados para cada caso. A altura por idade e o peso por idade foram calculados para cada caso. Resultados: De acordo com o peso para o percentil de comprimento, 41,02% dos casos estavam abaixo do peso. Estenose esofágica foi observada em 54,76% do esofagograma obtido. Conclusão: O baixo peso esteve presente em 41,02 dos pacientes, de acordo com o percentil peso/estatura.
Abstract: ABSTRACT Background: Meconium ileus is a common cause of intestinal obstruction in neonates that different surgical methods have been described for its management such as Santulli and loop ileostomy. Aim: To evaluate and compare clinical efficacy of Santulli and loop ileostomy in neonates with meconium ileus. Methods: In this retrospective study, 58 patients with meconium ileus were evaluated. After analyses of hospital records, 53 patients with completed hospital records were included. Demographic information, surgery parameters and postoperative complications were extracted from the hospital records or calling parents. Results: Skin excoriation (21.4% vs. 84%, p<0.001), ostomy prolapsed (0 vs. 28%, p=0.003), and surgical site infection (7.1% vs. 28%, p=0.044) was significantly lower in Santulli ileostomy group. Furthermore, ileostomy output in first week (70.53±15.11 ml vs. 144.6±19.99 ml, p<0.001) and in 4th week (2.14±4.98 ml vs. 18.4±17.95 ml, p<0.001) was significantly lower in Santulli ileostomy group as compared to loop ileostomy group. Finally, hospital stay in Santulli ileostomy group was 12±2.34 and in loop ileostomy 14.24±1.47 days (p<0.001). Conclusion: Santulli ileostomy is better than loop ileostomy due to significant less frequency of surgical site infection, skin excoriation, prolapse of ostomy, ileostomy volume output and hospitalization time.RESUMO Racional: O íleo meconial é causa comum de obstrução intestinal em neonatos e diferentes métodos cirúrgicos foram descritos para seu manejo, como Santulli e ileostomia em alça. Objetivo: Avaliar e comparar a eficácia clínica de Santulli e ileostomia em alça em neonatos com íleo meconial. Métodos: Neste estudo retrospectivo, foram avaliados 58 pacientes. Após análise, 53 pacientes com prontuários hospitalares completos foram incluídos. Informações demográficas, parâmetros cirúrgicos e complicações pós-operatórias foram extraídos dos prontuários ou dos pais por telefone. Resultados: Escoriações cutâneas (21,4% vs. 84%, p<0,001), estomia prolongada (0 vs. 28%, p=0,003) e infecção do sítio cirúrgico (7,1% vs. 28%, p=0,044) foram significativamente menores no grupo ileostomia Santulli. Além disso, a produção de ileostomia na primeira semana (70,53±15,11 ml vs. 144,6±19,99 ml, p <0,001) e na quarta semana (2,14±4,98 ml vs. 18,4±17,95 ml, p<0,001) foi significativamente menor no grupo de ileostomia Santulli em comparação com o de ileostomia em alça. Finalmente, o tempo de internação no grupo de ileostomia de Santulli foi de 12±2,34 e na ileostomia de alça de 14,24±1,47 dias (p<0,001). Conclusão: A ileostomia de Santulli é melhor que a em alça, devido à menor frequência significativa de infecção do local cirúrgico, escoriação cutânea, prolapso da ostomia, volume da ileostomia e tempo de internação.
Abstract: ABSTRACT Background: Laparoscopic surgery has been gradually accepted as an option for the surgical treatment ofgastric cancer. There are still points that are controversial or situations that are eventually associated with intra-operative difficulties or postoperative complications. Aim: To establish the relationship between the difficulties during the execution of total gastrectomy and the occurrence of eventual postoperative complications. Method: The operative protocols and postoperative evolution of 74 patients operated for gastriccancer, who were subjected to laparoscopic total gastrectomy (inclusion criteria) were reviewed. The intraoperative difficulties recorded in the operative protocol and postoperative complications of a surgical nature wereanalyzed (inclusion criteria). Postoperative medical complications were excluded (exclusion criteria). For the discussion, an extensive bibliographical review was carried out. Results: Intra-operative difficulties or complications reported correspond to 33/74 and of these; 18 events (54.5%) were related to postoperative complications and six were absolutely unexpected. The more frequent were leaks of the anastomosis and leaks of the duodenal stump; however, other rare complications were observed. Seven were managed with conservative measures and 17 (22.9%) required surgical re-exploration, with a postoperative mortality of two patients (2.7%). Conclusion: We have learned that there are infrequent and unexpected complications; the treating team must be mindful of and, in front of suspicion of complications, anappropriate decision must be done which includes early re-exploration. Finally, after the experience reported, some complications should be avoided.RESUMO Racional: A cirurgia laparoscópica tem sido gradualmente aceita como opção para o tratamento cirúrgico do câncer gástrico. Ainda existem pontos controversos ou situações eventualmente associadas a dificuldades intra-operatórias ou complicações pós-operatórias. Objetivo: Estabelecer a relação entre as dificuldades durante a execução da gastrectomia total e a ocorrência de eventuais complicações pós-operatórias. Método: Foram revisados os protocolos operatórios e a evolução pós-operatória de 74 pacientes operados por câncer gástrico, submetidos à gastrectomia total laparoscópica (critérios de inclusão). Foram analisadas as dificuldades intraoperatórias registradas no protocolo operatório e as complicações pós-operatórias de natureza cirúrgica (critérios de inclusão). As complicações médicas pós-operatórias foram excluídas (critérios de exclusão). Para a discussão, foi realizada extensa revisão bibliográfica. Resultados: Dificuldades ou complicações intraoperatórias relatadas corresponderam a 33/74 e destas 18 (54,5%) foram relacionadas com complicações pós-operatórias e seis absolutamente inesperadas. As mais frequentes foram vazamentos da anastomose e do coto duodenal; no entretanto, outras complicações raras foram observadas. Sete foram tratados com medidas conservadoras e 17 (22,9%) necessitaram de re-exploração cirúrgica, com mortalidade pós-operatória de dois pacientes (2,7%). Conclusão: Aprendemos que existem complicações infrequentes e inesperadas; a equipe de tratamento deve estar atenta e diante da suspeita de complicação, decisão apropriada pode incluir uma nova exploração precoce. Finalmente, após a experiência relatada, algumas complicações devem ser evitadas.
Abstract: ABSTRACT Background: There is still a need for progress in the treatment of transsphincteric anal fistulae and the use of herbal medicines seems promising. Aim: To evaluate the efficacy of Stryphnodendron adstringens associated with fistulotomy and primary sphincteroplasty in the treatment of transsphincteric fistulae in rats. Methods: Thirty Wistar rats were used, which were submitted to transsphincteric fistulas with steel wire 0; after 30 days a treatment was performed according to the group. Group A (n=10) was submitted to fistulotomy; group B (n=10), fistulotomy followed by primary sphincteroplasty with “U” stitch with polyglactin 911 4-0; group C(n=10) , similar to group B, but with the interposition between the muscular stumps of hemostatic sponge soaked in Stryphnodendron adstringens extract. Euthanasia was performed after 14 days, resecting a segment of the anal canal for histological analysis, which aimed to evaluate the closure of the fistula, the area of separation of the muscle cables, the inflammatory process and the degree of fibrosis. Results: No animal had a remaining fistulous tract. About the spacing between the muscle cables, an average of 106.3 µm2 was observed in group A, 82.8 µm2 in group B and 51.8 µm2 in group C (p<0.05). There was no difference between the groups regarding the inflammatory process and, in relation to fibrosis, in group A there was a mean of 0.6, in group B 0.7 and in group C 0.2 (p<0.05). Conclusions: Stryphnodendron adstringens extract was able to allow less spacing between muscle cables in rats submitted to fistulotomy followed by primary sphincteroplasty, in addition to providing less local fibrosis.RESUMO Racional: Há ainda necessidade de avanço no tratamento das fístulas transesfincterianas e o uso de fitoterápicos parece promissor. Objetivo: Avaliar a eficácia da Stryphnodendron adstringens associada à fistulotomia e esfincteroplastia primária no tratamento de fístulas transesfincterianas em ratos. Métodos: Utilizou-se 30 ratos Wistar submetidos à confecção de fístulas transesfincterianas com fio de aço 0; após 30 dias realizou-se tratamento de acordo com o grupo. O grupo A (n=10) foi submetido à fistulotomia; o grupo B (n=10) fistulotomia seguida de esfincteroplastia primária com ponto em “U” com poliglactina 911 4-0; o grupo C (n=10), semelhante ao grupo B, porém com a interposição entre os cotos musculares de esponja hemostática embebida em extrato de Stryphnodendron adstringens. Realizou-se eutanásia após 14 dias, ressecando-se segmento do canal anal para análise histológica, que objetivou avaliar o fechamento da fístula, a área de afastamento dos cabos musculares, o processo inflamatório e o grau de fibrose. Resultados: Nenhum animal apresentou trajeto fistuloso remanescente. Quanto ao afastamento entre os cabos musculares observou-se média 106,3 µm2 no grupo A, 82,8 µm2 no grupo B e 51,8 µm2 no grupo C (p<0,05). Não houve diferença entre os grupos quanto ao processo inflamatório e, em relação à fibrose; no grupo A observou-se média 0,6, no grupo B 0,7 e no grupo C 0,2 (p<0,05). Conclusões: O extrato de Stryphnodendron adstringens foi capaz de permitir menor afastamento entre os cabos musculares em ratos submetidos à fistulotomia seguida por esfincteroplastia primária, além de proporcionar menor fibrose local.
Abstract: ABSTRACT Background - Biliary complications (BC) represent the most frequent complication after liver transplantation, up to 34% of cases. Aim: To identify modifiable risk factors to biliary complications after liver transplantation, essential to decrease morbidity. Method: Clinical data, anatomical characteristics of recipient and donors, and transplant operation features of 306 transplants with full arterial patency were collected to identify risk factors associated with BC. Results: BC occurred in 22.9% after 126 days (median) post-transplantation. In univariate analyses group 1 (without BC, n=236) and group 2 patients (with BC, n=70) did not differ on their general characteristics. BC were related to recipient age under 40y (p=0.029), CMV infection (p=0.021), biliary disease as transplant indication (p=0.018), lower pre-transplant INR (p=0.009), and bile duct diameter <3 mm (p=0.033). CMV infections occurred sooner in patients with postoperative biliary complications vs. control (p=0.07). In a multivariate analysis, only CMV infection, lower INR, and shorter bile duct diameter correlated with BC. Positive CMV antigenemia correlated with biliary complications, even when titers lied below the treatment threshold. Conclusions: Biliary complications after liver transplantation correlated with low recipient INR before operation, bile duct diameter <3 mm, and positive antigenemia for CMV or disease manifestation. As the only modifiable risk factor, routine preemptive CMV inhibition is suggested to diminish biliary morbidity after liver transplant.RESUMO Racional: Complicações biliares (CB) são os eventos adversos mais frequentes após o transplante de fígado, ocorrendo em até 34% dos procedimentos. Objetivo: Identificar fatores de risco modificáveis para o aparecimento de complicações biliares após transplantes de fígado, essenciais para diminuir morbidade. Método: Investigação dos dados clínicos, características anatômicas de receptores e doadores e informações sobre a operação de 306 transplantes com artéria hepática pérvia, para identificar fatores de risco associados ao aparecimento de CB. Resultados: CB ocorreu em 22,9% após 126 dias (mediana) do transplante. Em análise univariada pacientes do grupo 1 (sem CB, n=236) e grupo 2 (com CB, n=70) não diferiram em suas características gerais. CB esteve relacionada à idade do receptor menor que 40 anos (p=0,029), infecção pelo citomegalovírus (CMV, p=0,021), doença biliar como indicação ao transplante (p=0,018), RNI pré-transplante mais baixo (p=0,009) e diâmetro do ducto biliar <3 mm (p=0,033). Infecções pelo CMV ocorreram mais precocemente em pacientes com CB (p=0,07). Na análise multivariada, somente infecção por ele, INR mais baixo e menor diâmetro do ducto biliar mantiveram correlação com CB. Antigenemia positiva para CMV correlacionou com CB mesmo em títulos inferiores ao cutoff para tratamento. Conclusões: CB após transplante hepático esteve relacionada com menores RNI do receptor antes da operação, diâmetro do ducto biliar <3 mm e antigenemia ou manifestação clínica positiva para CMV. Como único fator de risco evitável, tratamento preemptivo para inibição do CMV é sugerido para diminuir morbidade biliar após o transplante.